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Lego vai lançar peças feitas com biocombustível brasileiro

A empresa dinamarquesa foi construída à base de petróleo. Mas nos últimos anos investiu em pesquisas para tornar seu processo mais sustentável.

O mundo inteiro está questionando a necessidade dos utensílios domésticos plásticos. Algumas iniciativas para redução deste material também têm sido anunciadas. E muitas empresas estão tendo que se adequar aos anseios e questionamentos dos consumidores, este é o caso da Lego -, cujo principal produto é o bloco de montar de plástico interligado. A companhia acaba de anunciar que vai lançar peças feitas de materiais à base de plantas.

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Uma empresa que literalmente foi construída à base de petróleo agora vai produzir peças a partir de biocombustível. E será proveniente de etanol da cana-de-açúcar brasileira. Sem dúvidas melhor que petróleo, mas ainda sim questionável.

Quão sustentável será o lego?

A plantação de cana causa diversos impactos ambientais, como mostra esta matéria da Agência Fapesp. Para o Dr. Stephen Mayfield, biólogo molecular da Universidade da Califórnia em San Diego e diretor do Centro da Califórnia para Algae Biotechnology, esta alternativa ainda é interessante, mesmo com todos os problemas.

“Você encontrará haters (odiadores), mas é muito melhor do que o petróleo”, afirmou Mayfield em entrevista ao Mashable. Segundo ele, tal mudança reduz a pegada de carbono em cerca de 70%. “Quanto mais podemos ir a fontes biológicas, melhor será”, completa.

Qualidade

A empresa também está preocupada em garantir aos clientes que não haverá nenhuma perda do ponto de vista da qualidade. “Os produtos LEGO sempre existiram para proporcionar experiências de reprodução de alta qualidade, dando a cada criança a chance de moldar seu próprio mundo por meio de um jogo inventivo. Crianças e pais não perceberão nenhuma diferença na qualidade ou aparência dos novos elementos, porque o polietileno à base de plantas tem as mesmas propriedades que o polietileno convencional”, afirmou Tim Brooks, vice-presidente de Responsabilidade Ambiental, em comunicado à imprensa.

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As novas peças a serem lançadas integram a linha de elementos botânicos LEGO®, como folhas, arbustos e árvores. As primeiras chegarão ao mercado ainda em 2018.

Pesquisa

Há três anos, o CicloVivo publicou uma matéria contando que Grupo Lego havia anunciado um investimento de R$ 460 milhões em um projeto para encontrar matérias-primas sustentáveis para a fabricação de seus produtos. Na época, a empresa inclusive fez uma parceria com a organização ambiental WWF. A mudança faz parte do compromisso em usar materiais ecológicos ​​em produtos e embalagens essenciais até 2030.

O plástico tem certificado Bonsucro, que garante que a cana-de-açúcar tem origem responsável. Isso inclui todas as etapas da produção de matéria-prima até o consumo.

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