A geração própria de energia está em alta. Puxado pela energia solar, o Brasil alcançou a marca de 20 gigawatts (GW) de capacidade na última segunda-feira (10). Quem opta por produzir sua própria energia, precisa estar atento a cuidados técnicos específicos. O dimensionamento fotovoltaico, por exemplo, é uma análise do local em que os painéis serão instalados. Ele ajuda a entender a demanda necessária e com o melhor aproveitamento do espaço disponível. Para ajudar nesse processo, pesquisadores do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP criaram um aplicativo.
O aplicativo de dimensionamento de sistemas fotovoltaicos, batizado de Curso Solar USP, pode ser utilizado por qualquer pessoa com conhecimentos básicos de eletricidade: há um tutorial disponível no YouTube que mostra como funciona o app. O usuário deve indicar o nome da cidade onde será colocada a instalação, a energia média mensal dos últimos 12 meses e o custo da energia obtido de uma conta de energia.
“A partir dessas informações, o app determina a potência fotovoltaica, o número de módulos e sugestão de inversor fotovoltaico. Também é fornecida a energia mensal gerada mês a mês, as toneladas de CO2 anuais evitadas pelo uso do sistema e o número de árvores equivalente”, explica o professor Elmer Pablo Tito Cari, da EESC, um dos criadores do app ao lado de Nílson Takayuki, engenheiro eletricista formado na USP em São Carlos.
O aplicativo Curso Solar USP está disponível na Google Play Store (Android) e na Microsoft Store (Windows).
Gerando a própria energia
Atualmente, a geração própria de energia conta com 1,8 milhão de usinas de microgeração e minigeração distribuídas pelo País e 2,4 milhões de unidades consumidoras (UC’s). Cada UC representa a casa de uma família, um estabelecimento comercial ou outro imóvel abastecido por micro ou mini usinas, todas elas utilizando fontes renováveis.
Com informações do Jornal da USP