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Vídeos de 1 minuto revelam estratégias para manter a floresta em pé

Manejos sustentáveis de pirarucu, castanha-do-Brasil e copaíba estão fortalecendo a proteção de 6 Terras Indígenas no sul e sudoeste do Amazonas.

Published 19/08/2022
pirarucu indígenas

Com manejo sustentável, os Paumari protegem uma área equivalente a 22 mil campos de futebol. | Foto: Adriano Gambarini

Os manejos sustentáveis de pirarucu, castanha-do-Brasil e copaíba estão ajudando a proteger a biodiversidade em seis Terras Indígenas (TIs) no sul e sudoeste do Amazonas, para onde avança o arco do desmatamento. Para dar visibilidade às iniciativas, foram lançadas três mini animações que explicam como essas atividades são estratégicas na manutenção da floresta em pé.

Os projetos são apoiados pelo Raízes do Purus, realizado pela Operação Amazônia Nativa (OPAN), com patrocínio da Petrobras.

Com duração de cerca de 1 minuto, as mini animações mostram o potencial das cadeias produtivas de produtos da sociobiodiversidade amazônica para o fortalecimento da proteção de territórios indígenas e para a melhoria da qualidade de vida de comunidades dos povos Apurinã, Deni do rio Xeruã, Jamamadi e Paumari do rio Tapauá. Os vídeos foram produzidos pela Motion Animação.

Foto: Raízes do Purus

“É fundamental divulgar amplamente esses resultados. Por isso escolhemos o formato de animação, que é dinâmico e atrativo, para contar as histórias de sucesso dos povos indígenas apoiados pelo projeto”, afirma Marina Rabello, comunicadora do Raízes do Purus.

Terra Indigena Caititu, Indios Apurinã, Lábrea, Amazonas. | Foto: Adriano Gambarini

As três mini animações já foram lançadas e estão disponíveis no canal de Youtube e nos perfis de Instagram e Facebook do projeto.

Para ampliar o alcance do conteúdo, as mini animações foram legendadas em português e inglês.

Manejo sustentável e responsável

Os resultados positivos dessas atividades são expressivos. Com o manejo sustentável de pirarucu, espécie que já esteve ameaçada de extinção, os povos Deni e Paumari reverteram o quadro de escassez de recursos pesqueiros nos seus territórios causado pela pesca predatória, e recuperaram a população de pirarucu e outras espécies de peixe.

Marcelino Apurinã foi um dos primeiros a apostar nos SAFs como caminho para a regeneração do solo e diversificação do plantio na TI Caititu | Foto: Adriano Gambarini

Na TI Caititu, que fica próxima ao município de Lábrea, e é cercada por áreas desmatadas, o manejo sustentável de castanha-do-Brasil promove a circulação dos Apurinã por regiões remotas do território, coibindo invasões e atividades predatórias. Por essa mesma razão, o manejo sustentável de copaíba tem fortalecido a proteção da TI Jarawara/Jamamadi/Kanamanti, território do povo Jamamadi.

“Na implementação de qualquer projeto de manejo, o primeiro passo é organizar as comunidades para vigiar os territórios. Essa é a base do trabalho, que permite que a biodiversidade se recupere e seja conservada”, complementa Marina.

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