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Plantas aquáticas são usadas para recuperar lago na Colômbia

Filtragem de água beneficia quatro mil habitantes que vivem em comunidade nos Andes.

Centenas de famílias de pescadores e artesãos dependem do Lago Fúquene, localizado na Colômbia. Mas, as águas residuais das comunidades no entorno colocavam em risco sua pureza, até que um projeto de filtragem simples e bastante eficaz alterou beneficamente a história do lago.

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Buscando implementar soluções de tratamento de água para populações de baixa renda, a companhia alemã Kärcher lançou a iniciativa “Água Limpa para o Mundo”, em colaboração com a Global Nature Fund – entidade alemã sem fins lucrativos de preservação ambiental. É por meio da campanha que são apoiados projetos locais de controle da poluição da água.

Um desses projetos é liderado por Felipe Valderrama, da Fundácion Humedales, na Colômbia. Como gerente de projetos, ele auxilia na construção dos chamados “Sistemas de Filtragem Verde”. E o primeiro sistema do tipo foi implementado em 2013, em San Miguel de Sema, uma comunidade nos Andes com uma população de quatro mil habitantes. A vila está localizada próxima ao Lago Fúquene – responsável pelo abastecimento de água potável a 200 mil pessoas.

“O equilíbrio ecológico do Fúquene estava em risco devido às águas residuais das comunidades. Nosso objetivo era, portanto, melhorar a situação sanitária e de higiene nas aldeias do entorno e reduzir a poluição do lago ao mesmo tempo”, explica Valderrama.

Esses sistemas independentes filtram águas residuais de pequenas comunidades usando plantas aquáticas, evitando assim a contaminação de lençóis freáticos, rios e lagos que abastecem populações. Com seus longos canais similares a grandes “camas vegetais”, a água flui sob e através das plantas aquáticas. No processo, as substâncias nocivas e patógenas são eliminadas pelas bactérias presentes nas raízes das plantas. Por ser um processo natural e sem aditivos químicos, os sistemas de filtros verdes são econômicos e praticamente isentos de manutenção, sendo uma solução viável e prática para o tratamento de água em economias emergentes.

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De modo a assegurar a realização sustentável desta tecnologia verde, Valderrama e sua equipe trabalham junto às comunidades locais que ficam responsáveis pela construção dos canais e se comprometem a operar o sistema por, pelo menos, oito anos. “Este método de parceria é muito importante, uma vez que, após a implementação, há pessoas familiarizadas e preparadas para manutenção e supervisão”, explica o gerente de projetos.

Kärcher/Divulgação

Para Valderrama, a importância dos Sistemas de Filtragem Verde transcende a questão ecológica e de saúde e perpassa pelo social: “Cresci em um país em desenvolvimento e logo tomei consciência dos problemas causados pela falta de dinheiro e de tecnologia. Desse modo, minha motivação é atuar como facilitador de soluções simples que também funcionem em regiões onde há pouca disponibilidade de recursos financeiros e baixo nível de educação. Os sistemas de filtros verdes são exemplos perfeitos deste modelo proposto. Eles são capazes de alcançar resultados duradouros sem grandes esforços”.

“Iniciativas como a ‘Água Limpa para o Mundo’ demonstram que a união entre uma empresa global e organizações sem fins lucrativos pode mudar a realidade de milhares. Este é o DNA da Kärcher: desenvolver um mundo melhor para o maior número de pessoas”, afirma Cristina Gaspar, gerente de marketing da companhia no Brasil.

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Após a conclusão bem-sucedida no Lago Fúquene, dois sistemas adicionais foram implementados nas proximidades.