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Oásis autossustentável aproveita calor do deserto para produzir energia

Projeto desenvolvido para o Qatar também dessaliniza água do mar e prioriza iluminação e ventilação natural.

O projeto “Palácio da Natureza” é um oásis ecológico e autossustentável de alto luxo, planejado para ser construído no deserto do Qatar. Movido a energia produzida pelo sol escaldante da região, o local também conta com um sistema de dessalinização da água do mar e todas as atividades giram em torno de uma grande árvore nativa do país, a sidra, cuja copa serve de cobertura para áreas de convivência, hortas, jardins e fontes.

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Projetado pelos arquitetos do escritório Sanzpont Arquitectura, o espaço principal do oásis ecológico fica abrigado debaixo de uma cúpula, sustentada pela copa da grande árvore. Com sua forma irregular, a cobertura permite a entrada de luz natural no ambiente, priorizando a eficiência energética ao mesmo tempo em que prevê as condições de clima e iluminação ideais para as plantas que se desenvolvem debaixo da cúpula.

O oásis autossustentável utilizará um aquífero com as águas do oceano, que serão dessalinizadas não só para consumo e irrigação, mas também para driblar o calor intenso e a baixa umidade do deserto, por meio de um sistema de nebulização. O processo de retirada do sal e dos resíduos da água será realizado por meio de um mecanismo de eletrodiálise, possibilitado pela energia gerada através dos painéis fotovoltaicos.

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A ventilação natural é outra medida de construção ecológica valorizada no projeto, que dispensa o uso de ar condicionado nas acomodações. Durante a noite, a estrutura recebe iluminação artística proporcionada por lâmpadas LED, que são abastecidas com a eletricidade acumulada nos painéis fotovoltaicos ao longo do dia.

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No oásis também fica localizado o palácio, que, em sua estrutura exuberante, abriga pavilhões que possuem jardins e hortas internas. Para elaborar o projeto, os arquitetos se inspiraram nas características arquitetônicas árabes, que, indiscutivelmente, fazem parte da cultura local. Além disso, um dos objetivos da construção é mostrar que, nem sempre, o luxo precisa ser sinônimo de degradação ambiental.

Por Gabriel Felix – Redação CicloVivo