Um relatório da Câmara Municipal de São Paulo mostrou que nos primeiros quatro meses de 2011 já foram derrubadas 12.187 árvores. Com autorização da prefeitura da cidade, a construção civil é a principal responsável pelos cortes.
A remoção das árvores deu lugar às construções de prédios e condomínios. Às vezes, as retiradas são feitas a pedido de moradores ou porque as árvores estão mortas, porém, essa segunda causa ocorre em apenas 5% dos casos.
O site Mídia News afirmou que “é como se quase um Ibirapuera inteiro tivesse sumido entre 1.º de janeiro e 30 de abril”, como forma de mensurar a situação. A comparação refere-se ao mais famoso parque de São Paulo, que possui 1.584 metros quadrados.
A degradação poderia ser menor caso as mudas fossem replantadas, como é de obrigação, porém tal compensação, quando não é ignorada, é executada irregularmente. Pelo menos, esta é a conclusão do relatório elaborado pela Comissão do Verde e Meio Ambiente da Câmara Municipal de São Paulo.
No bairro Jardim Sul, por exemplo, foi autorizado o corte de 337 árvores vivas, em março de 2010. O governo exigiu a preservação de 162 árvores e plantio de outras 200 no terreno. Porém até o momento nenhuma compensação foi realizada.
No mesmo período, na Vila Andrade, próximo ao Jardim Sul, foram 171 árvores retiradas para ceder lugar a um novo condomínio. Mais de um ano se passou e a construção está suspensa no meio da mata nativa.
Há consentimento e falha de fiscalização da prefeitura. Bairros da capital paulista, como Morumbi e Campo Limpo, antes separados pela mata, hoje são ligados por edifícios. As espécies nativas da Mata Atlântica, como araucárias e aroeiras, estão desaparecendo. Um dos principais projetos da região, responsável pelo corte de 353 árvores, foi autorizado pela prefeitura. Com informações do Mídia News e Band.
Redação CicloVivo