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Samarco assume compromisso de reparação integral com indenizações pelo desastre de 2015

Até julho deste ano, R$ 1 bilhão em indenização havia sido pago; Até 2019, o total deve chegar aos R$ 2 bilhões

Published 14/11/2018

Foto: Flickr

Atividades agropecuárias, lavouras tradicionais, criação de gado de corte e leiteiro, suinocultura, cultivo de café, todas essas atividades e diversas outras que eram desenvolvidas pelos ribeirinhos da bacia do Rio Doce foram comprometidas depois que a barragem da mineradora Samarco cedeu em 5 de novembro de 2015. A catástrofe, considerada até hoje como a maior tragédia ambiental do país, tirou o meio de subsistência de centenas de famílias do leste de Minas Gerais ao nordeste do Espírito Santo, que dependiam direta ou indiretamente do rio para garantir estabilidade financeira.

Três anos após o desastre, a recuperação ambiental da bacia do Rio Doce está só começando, de acordo com a avaliação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “Temos programas para mais 15 anos. A natureza tem seu tempo. Não se faz recuperação ambiental em dois ou três anos. Isso não existe”, disse Suely Araújo, presidente do órgão, em entrevista coletiva concedida na ocasião do aniversário da tragédia.

Para reparar os danos causados pela catástrofe, a Samarco firmou acordo com a União e os estados e criou a Fundação Renova, responsável pelo repasse das indenizações do fundo estabelecido pela Samarco para as famílias atingidas. De acordo com Roberto Waack, Diretor-Presidente da Renova, R$ 1 bilhão tinha sido pago em indenizações até julho deste ano, e o total deve chegar a R$ 2 bilhões até o primeiro semestre de 2019. “Até o fim do ano deve concluir o grande volume dessas indenizações. A gente estima que esse total chegue perto de R$ 2 bilhões em todo processo da indenização. Deve chegar até o final do ano a maior parte e, até o meio do ano que vem, a gente deve concluir isso”, explicou.

As indenizações são apuradas pelos danos coletivos e danos individuais e servem para garantir que, mesmo que as atividades econômicas anteriormente desenvolvidas pelas pessoas ainda estejam inviáveis, elas consigam sobreviver com o mínimo de sequelas da tragédia possíveis, permitindo assim uma existência digna conforme defendido na carta dos direitos humanos.

Waack explicou que o repasse das indenizações tem se dado sem problemas e que as empresas responsáveis pela Samarco –  Vale e BHP Billiton – assumiram compromisso de reparação integral. “Não há nenhuma situação em que houve alguma dificuldade de alocação de recursos por parte das empresas. Todos os programas que foram definidos, as suas necessidades orçamentárias foram plenamente cumpridas”, disse ele.

Além da inviabilização de atividades de subsistências ligadas ao Rio Doce, o desastre causou a morte de 19 pessoas na cidade de Mariana – que foi a mais atingida e prejudicada pela tragédia -,a destruição do distrito de Bento Rodrigues, que deixou centenas de pessoas desabrigadas, e encobriu de lama outros distritos de Mariana como Águas Claras, Ponte do Gama, Paracatu e Pedras, além da cidade de Barra Longa.

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