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Rio Paraguaçu enfrenta poluição e desmatamento até chegar ao mar

O Rio Paraguaçu, um dos mais importantes de toda a região nordeste, tem sido constantemente ameaçado pela poluição e pelo desmatamento. Em seus 614 quilômetros de extensão o curso d’água tem que superar verdadeiros desafios até chegar ao mar.

Published 09/08/2011

O Rio Paraguaçu, um dos mais importantes de toda a região nordeste do Brasil, tem sido constantemente ameaçado pela poluição e pelo desmatamento. Em seus 614 quilômetros de extensão o curso d’água tem que superar verdadeiros desafios até chegar ao mar.

Desde a sua nascente, na Chapada Diamantina, o Paraguaçu passa por diversas cidades baianas, incluindo áreas agrícolas, que são irrigadas por suas águas e produzem café, batata, maçã e ameixa.

No município de Itaetê, o rio passa pela barragem Bandeira de Melo, uma área represada de 24 quilômetros, que permite que a região continue sendo abastecida em períodos de estiagem.

Após passar por Marcionílio de Souza o rio começa o seu pior trajeto. A poluição é gerada pelos fazendeiros, que limpam as tripas do boi nas águas do rio e também pelas lavadeiras que utilizam a mesma água para trabalhar, lavando roupas.

A situação se repete em diversas comunidades ribeirinhas, que ainda despejam outros tipos de poluição no curso d’água, inclusive esgoto. Por causa disso, o caramujo, transmissor da esquistossomose, doença que causa milhares de mortes todos os anos, é presença constante nas margens do Paraguaçu. É esse o mesmo rio que abastece as casas, irriga as plantações e sacia a sede dos animais.

Seguindo adiante, conforme mostrado pela equipe de reportagem do Globo Rural, o rio corre sérios riscos de assoreamento, graças ao desmatamento das matas ciliares. Por causa disso, vários riachos que desaguavam no Paraguaçu já foram extintos. Para reverter essa situação e o perigo que a erosão nas margens do rio causam, Carlos Romero, ambientalista e presidente da ONG SOS Paraguaçu, explica que seria necessário reflorestar 1700 quilômetros da mata ciliar, o que só seria possível com a mobilização e conscientização de todas as comunidades que estão ao redor do rio baiano. Com informações do Globo Rural.

Redação CicloVivo

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