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Invasão a navios naufragados compromete sítios arqueológicos

O patrimônio subaquático brasileiro tem sido alvo de exploradores em busca de dinheiro. Muitos itens retirados de barcos naufragados em território brasileiro têm sido comercializados ilegalmente comprometendo centenas de sítios arqueológicos.

Published 06/12/2010

O patrimônio subaquático brasileiro tem sido alvo de exploradores em busca de dinheiro. Muitos itens retirados de barcos naufragados em território brasileiro têm sido comercializados pela internet em sites nacionais e estrangeiros, sem a autorização da marinha.

A venda de itens históricos inclui moedas, garrafas, escotilhas e diversas outras coisas que naufragaram no Brasil junto com 1.320 navios desde o século 16. Boa parte das peças encontradas por mergulhadores não são, ao menos, reconhecidas pela marinha, que não tem a localização exata de todos os náufragos brasileiros.

Os utensílios de menor valor são comercializados pela internet em diversos sites. Os artefatos mais caros e de maior importância histórica são vendidos em casas de leilões ou no câmbio negro e atraem, principalmente, colecionadores estrangeiros.

A exploração irregular traz muitos danos históricos, principalmente no que diz respeito à área de pesquisas. Em declaração feita ao jornal O Estado de S. Paulo, o almirante Armando Bittencourt explicou que a imensa costa brasileira dificulta a fiscalização. São oito mil quilômetros de águas que abrigam centenas de sítios arqueológicos formados pelos naufrágios. O grau de dificuldade é grande, também pelo fato de a marinha não possuir a localização exata de onde está cada uma dessas embarcações.

A procuradora da República Inês Virgínia Soares explicou que a legislação brasileira é muito fraca em relação a essa atividade, de exploração ilegal. Para burlar a lei muitos exploradores se passam por pesquisadores e após conseguirem os objetos os colocam à venda.

Algumas peças desse segmento comercializadas virtualmente possuem autorização, porém a maioria delas não possui comprovante do naufrágio e, muito menos, a origem e autorização.

Com informações do Estadão

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