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Rio+20: FHC pede a seus sucessores que invistam menos em combustíveis fósseis

As críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em relação aos compromissos do governo com o desenvolvimento sustentável têm sido constante na Rio+20. Em sua última apresentação, ele pediu à Dilma que invista menos em energia não renovável.

Published 19/06/2012

As críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em relação aos compromissos do governo com o desenvolvimento sustentável têm sido constante na Rio+20. Em sua última apresentação, ele pediu à Dilma que invista menos em energia não renovável.

FHC afirmou aos governos que eles não devem temer o sacrifício da sua popularidade, frente às questões que envolvam o futuro de seus países e até da humanidade. O ex-presidente aproveitou a ocasião para pedir ao governo Dilma que direcione seus esforços à energia limpa.

Ele afirmou que é preciso pensar em longo prazo. Suas palavras foram entendidas como uma referência clara ao novo plano de investimentos da Petrobras, que reduz o gasto em fontes energéticas renováveis

"É óbvio que não podemos continuar abusando de combustíveis fósseis. Então por que tomar decisões que implicam em aumentar os combustíveis fósseis: Sei que de imediato isso ajuda a sair da crise e aumenta a popularidade, mas, olhando a mais longo prazo, por que não insistir que é preciso mudar o padrão de utilização energética? Isso é o que posso dizer a meus sucessores no Brasil e no mundo", afirmou.

Entretanto, o recado passado por FHC não é necessariamente um referência direta ao governo Dilma, mas sim uma critica os países que não se esforçam em desenvolver uma economia mundial que não seja totalmente centrada em combustível fóssil.

Na última segunda-feira (18), ele assinou o documento “O futuro que escolhemos” com líderes políticos e cientistas renomados. O papel ratifica que não há dúvidas sobre a existência do aquecimento global e alerta para outras questões ambientais.

O ex-presidente integra o The Elders (os anciãos), que foi criado em 2007 por Nelson Mandela. O grupo reúne ex-líderes de governos e da sociedade civil. Entre outras personalidades, faz parte deste grupo a ex-primeira ministra norueguesa Gro Brundtland, a primeira a falar no conceito de "desenvolvimento sustentável". Com informações da Folha.

Redação CicloVivo

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