Um estudo feito por pesquisadores australianos aponta os seres humanos como os principais causadores da extinção do Tigre da Tasmânia. Durante muitos anos, os altos índices de mortalidades foram atribuídos a causas naturais.
Os tigres da Tasmânia, também conhecidos como tilacinos (Thylacinus cynocephalus), se parecem com cães esguios e listrados, com a cabeça semelhante à de um lobo. Durante muito tempo eles foram comuns na Tasmânia e também na Nova Guiné. No século 19 foi que o número de exemplares da espécie passou a cair bruscamente.
O período que vai de 1830 a 1909 foi o mais crítico. Não por coincidência, esta também foi a época que marcou a chegada da maior parte dos imigrantes europeus à Oceania e com eles a intensificação na produção de ovelhas. Para proteger os animais mais frágeis eram oferecidas recompensas aos caçadores de tigre, atividade que se tornou comum e muito popular na época.
“Muitas pessoas acreditam que a caça por recompensa sozinha não poderia ter extinguido o tilacino e, portanto, alegam que uma doença epidêmica desconhecida deve ter sido a responsável”, explica o chefe do estudo, Thomas Prowse, da Universidade de Adelaide, em declaração à agência internacional AFP.
No entanto, os dados coletados pelos pesquisadores mostram que não foram somente os tigres da Tasmânia que sofreram com a chegada dos colonos. As populações de cangurus e wallabies também foram consideravelmente afetadas.
“Nós demonstramos que os impactos negativos dos colonos europeus foram poderosos o suficiente que, mesmo sem qualquer epidemia, a espécie não poderia escapar da extinção”, finaliza Prowser. O último exemplar de tilacino morreu em 1936. Cinquenta anos depois o animal foi considerado oficialmente extinto. Com informações da AFP.
Redação CicloVivo