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Cientistas dizem que El Niño tem influência sobre guerras civis

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Columbia, nos EUA, e publicado pela revista Nature, mostrou que o fenômeno climático El Niño aumenta o risco de guerras civis nos países por onde passa.

Published 25/08/2011

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Columbia, nos EUA, e publicado pela revista Nature, mostrou que o fenômeno climático El Niño aumenta o risco de guerras civis nos países por onde passa.

O fenômeno acontece, em média, a cada quatro anos e altera a temperatura da água do Oceano Pacífico. Essa mudança tem reflexos distintos, na América do Sul, as chuvas aumentam, enquanto na Indonésia e na Austrália, as secas predominam.

Segundo os pesquisadores, essas alterações climáticas têm influência direta em ações políticas e econômicas. Existem 90 países tropicais, tidos como mais vulneráveis neste cenário, entre eles nações do chifre da África, sudeste da Ásia, Índia e até mesmo da América.

Para chegarem às conclusões, os cientistas estudaram as guerras civis ocorridas entre 1950 e 2004. Um em cada cinco conflitos tiveram a influência direta do El Niño, aumentando a desigualdade social e outros problemas como desemprego e fome, conforme explicado por um dos autores, Kyle Meng, em declaração à agência de notícias Reuters.

Como exemplos foram citadas as guerras civis no Sudão em 1963, 1976 e 1983, Haiti em 1991, Ruanda e Congo em 1997, entre outras. A relação entre o fenômeno e os conflitos também deve-se aos desastres climáticos ocorridos em decorrência do El Niño e o aumento de doenças infecciosas, que atingem com maior frequência os países com pouca estrutura, ou em desenvolvimento.

Mesmo diante dos altos índices de relação entre os dois temas, os pesquisadores informam que os conflitos iriam acontecer de qualquer jeito, mas com o fenômeno eles ocorreram mais cedo. Com a La Niña, que deixa o clima mais frio, as chances de ocorrerem conflitos civis caem pela metade.

Os pesquisadores ainda lembram que o fato de ser possível prever o El Niño com até dois anos de antecedência pode ajudar na prevenção de conflitos. Com informações do G1.

Redação CicloVivo

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