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Cetesb comprova que água dos rios da Grande São Paulo permanece ruim

A qualidade da água dos rios, córregos e represas da Grande São Paulo permanece em situação crítica. Os dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) provam que nenhuma melhora pôde ser percebida em cinco anos.

Published 04/04/2012

A qualidade da água dos rios, córregos e represas da Grande São Paulo permanece em situação crítica. Os dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) provam que nenhuma melhora pôde ser percebida em cinco anos.

O aumento nos índices de coleta e tratamento de esgoto ainda não foi suficiente para contornar o grave problema de poluição dos mananciais. O jornal O Estado de S. Paulo verificou, nos números da Cetesb, que 65% dos 40 pontos monitorados na bacia, entre 2005 e 2010, continuam com qualidade ruim ou não apresentam melhoria.

Levando em consideração dados históricos, a Cetesb afirma que destes 40 pontos avaliados, apenas dois demonstraram uma tendência de melhora nos últimos anos, enquanto o restante segue na mesma situação.

Na Bacia do Tietê apenas quatro pontos monitorados apresentam sinais de melhora. "Isso mostra que a coisa está tão ruim que, mesmo reduzindo um pouco a carga poluidora, o Tietê continua com uma condição não tão boa. Por mais que tenha sido investido em tratamento de esgoto, o rio ainda não mostra melhoras", afirma Nelson Menegon, gerente da divisão de Águas Superficiais da Cetesb.

Ainda assim, o Rio Tietê perde o título de pior indicador para o Tamanduateí que, na altura da Avenida Santos Dumont, no Bom Retiro, apresenta Índice de Qualidade das Águas (IQA) de 14 em uma escala de um a cem.

Percebe-se então que os índices de tratamento de esgoto precisam ser ampliados com urgência. Atualmente, apenas 70% do esgoto gerado nos municípios atendidos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) é tratado, mas a meta é que em 2016 este número suba para 84% e, finalmente, em  2018 seja de 100%.

O assistente executivo da Presidência da Sabesp, Dante Ragazzi Pauli, acredita que só isso não basta. "Conforme o tratamento de esgoto avança, o peso da chamada carga difusa na poluição dos rios fica maior", explica ele. Esta carga representa outros poluentes, como por exemplo, o lixo que cai nos cursos d'água e a poluição do ar que desce com a chuva. "Cerca de 30% da carga poluidora vem dessas fontes difusas. É preciso um esforço conjunto para controlá-las", completa Pauli. Com informações de O Estado de S. Paulo.

Redação CicloVivo

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