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Base para novo acordo climático é aprovado na COP 20

Países desenvolvidos aceitaram maiores responsabilidades para reduzir as emissões poluentes.

Published 15/12/2014

Após diversos impasses e dificuldade de negociação, os 196 países na COP 20 finalmente conseguiram aprovar o “rascunho zero”. O documento representa uma base para a criação de um plano climático global que será definido em Paris, em 2015, e entrará em vigor em 2020.

Apesar de deixar muitos pontos ainda vagos, o texto “Chamamento de Lima para a Ação sobre o Clima”, aprovado na Conferência das Nações Unidas no último domingo (14), em Lima (Peru), aponta alguns focos de negociação.

Algo que muito se ressaltou foi o princípio da “responsabilidade comum, mas diferenciada”, que foi definido em 2011 pela COP de Durban, e deixa clara a diferença de responsabilidades entre países ricos e pobres.

Europeus e norte-americanos terão de assumir compromissos para prover de meios de financiamento, capacitação e transferência de tecnologia a fim de que ajude os demais a cumprirem suas metas.

Os países desenvolvidos também cederam ao sistema chamado de “perdas e danos”, criado na conferência de Varsóvia, em 2013. O acordo define que os países vulneráveis, já atingidos por desastres naturais, devem receber ajuda de outras nações.

Outra meta estipulada define que ainda no primeiro semestre de 2015 deve ser anunciada a contribuição de cada país para reduzir as emissões. Além disso, também devem apresentar planos para se adaptar às mudanças climáticas.

As propostas anunciadas serão reunidas em estudo para serem avaliadas a partir de julho. Assim poderá se chegar com mais precisão à próxima conferência climática, que acontecerá em novembro na capital da França. A intenção é que o acordo climático de Paris substitua o Protocolo de Kioto em 2020.

As conferências climáticas buscam chegar a um acordo em que todos os países definam metas para conter o aumento da temperatura do planeta e, desta forma, evitar que as piores previsões de cientistas se confirmem nos próximos anos. Veja aqui alguns dados sobre o aquecimento global divulgados neste ano.

Redação CicloVivo

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