As mudanças climáticas são reais e as suas consequências também. Um dos jeitos mais fáceis de visualizar os seus efeitos é observando e estudando o aumento nos níveis dos oceanos. No entanto, as informações podem ser muito piores do que você imagina. O site norte-americano Mother Nature Network listou dez fatos alarmantes acerca da elevação oceânica. Veja abaixo quais são eles:
- O nível dos oceanos subiu 200 milímetros desde 1880
O gráfico abaixo foi produzido pela Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) com base em dados da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA) e a Organização de Pesquisa Industrial e Científica da Austrália (CSIRO).
- Não apenas o nível do mar está se elevando, mas a média deste aumento também está subindo
Entre 1900 e 2000, a média de aumento no nível do mar foi de 1,4 mm. Em 2010 a média já havia subido para três milímetros e hoje está em 3,4 mm, por ano.
- Este é o aumento do nível do mar mais rápido dos últimos três mil anos
Graças aos altos níveis de CO2 na atmosfera e ao aquecimento global resultantes das emissões desse e de outros gases de efeito estufa, no século 20, os oceanos subiram, pelo menos, 14 centímetros. O nível é o maior dos últimos 27 séculos.
- A cada 2,5 cm de aumento no nível do mar, ele avança de 1,2 a 2,5metros no litoral
De acordo com a Nasa, este é o tamanho da perda nas praias quando o oceano sobre apenas “um pouquinho”. Pode parecer ínfimo, mas se considerarmos a grandeza dos oceanos, com mais de 500 milhões de metros cúbicos de água, um centímetro ou dois podem fazer uma enorme diferença.
- Muitas grandes cidades costeiras já estão enfrentando problemas com inundações
Apenas nos EUA, de acordo com os monitoramentos feitos pela Climate Central, as inundações costeiras já dobraram. O mesmo acontece em cidades litorâneas de outras partes do mundo.
- Nos próximos 80 anos, os oceanos devem subir mais 1,3 metro.
Um estudo recente, publicano na revista científica Pnas, estima que até o final deste século os mares estarão de 0,5 a 1,3 metro mais altos.
- Mais de 216 milhões de pessoas vivem em áreas que podem estar embaixo d’água em 2100.
As áreas costeiras são, obviamente, as mais vulneráveis. De acordo com a Climate Change, de 147 a 216 milhões de pessoas vivem em áreas que podem ser totalmente alagadas até o final do século. A China é o país mais vulnerável, com ate 63 milhões de pessoas expostas a este problema.
Em algumas ilhas a situação atual já é tão urgente que a população tem sido removida de suas cidades e até de seu país.
- O aumento no nível do mar pode contaminar a água usada para o abastecimento
As inundações podem contaminar os reservatórios de água doce com a água salgada vinda do mar. Este problema é especialmente perigoso para os aquíferos, usados como fonte de água fresca em muitas cidades litorâneas. O processo de descontaminação e dessalinização nesses casos é muito complexo e caro.
- A biodiversidade costeira também está ameaçada
Espécies da fauna e flora podem ser diretamente afetadas pelo avanço dos oceanos. Entre os animais, um dos mais preocupantes é a tartaruga, que precisa de espaço na areia para depositar seus ovos até o nascimento dos filhotes e retorno ao oceano. Quando os ovos ficam por apenas três horas embaixo da água, as chances de vingarem são reduzidas em 10%. Quando o período passa para seis horas, as chances caem 30%.
- Danos causados pelas inundações costeiras podem custar US$ 52 bilhões por ano
Em 2005, as estimativas do Banco Mundial foram de que as inundações custaram, globalmente, US$ 6 bilhões. Em 2050, os custos devem chegar a US$ 52 bilhões.
Redação CicloVivo