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Brasil terá primeira fábrica flutuante movida a energia solar do mundo

A embarcação conhecida por Balsa-Açaí irá circular nas calhas dos rios amazonenses.

Published 29/12/2021
Brasil terá primeira fábrica flutuante movida a energia solar do mundo

Foto: Divulgação/BYD

A embarcação conhecida por Balsa-Açaí, movida a energia solar, possui um escopo de funcionamento totalmente sustentável. A estrutura será coberta por módulos solares e terá capacidade de processar 20 toneladas de frutos e 12 toneladas de polpa congelada por dia, além de armazenar 300 toneladas em sua câmara frigorífica.

O projeto inovador de autoria da Transportes Bertolini tem tecnologia brasileira e irá circular nas calhas dos rios Solimões, Japurá, Juruá, Purus e Madeira. Para se manter em funcionamento, a embarcação conta com 675 painéis solares que cobrem a estrutura de 2 mil metros quadrados.

Parte da energia gerada pelos painéis solares é utilizada para alimentar toda a fábrica e o restante, somado à energia produzida por geradores complementares a diesel, é armazenado em baterias para uso posterior.

Armazenamento de energia

O projeto contou com o sistema de armazenamento da fabricante de baterias brasileira BYD, utilizando 64 unidades B-Box, ideal para sistemas off-grid, com capacidade de 883kWh de armazenamento.

“O projeto da balsa (…) é uma conquista mundial inédita para o setor fotovoltaico e de armazenamento, já que se trata do maior projeto da BYD com baterias de lítio b-box off-grid do mundo”, disse Marcelo Taborda, Gerente de Vendas da BYD.

Tratamento de efluentes

Além disso, a unidade conta com uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), capaz de tratar 15 mil litros de rejeito por hora, em que a água devolvida ao rio será de qualidade superior quando comparada à captada para utilização na fábrica. 

Outro ponto importante para a comunidade local, é que a fábrica irá contribuir para o aumento da renda das comunidades ribeirinhas em até 300% – alcançando os R$ 5 milhões anuais. Com a criação de 50 empregos diretos, a Bertolini também irá comprar o açaí diretamente de fornecedores inseridos nestas comunidades, eliminando a necessidade de um atravessador.

O investimento total do projeto é de aproximadamente R$ 20 milhões e a balsa está nas últimas fases de desenvolvimento.

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