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Cidades de SP são impedidas de transformar lixo em energia

Sem apresentar documentação necessária, cidades do Alto Tietê não podem ter uma usina termelétrica, que seria uma alternativa a um aterro sanitário previsto para ser instalado no local.

Published 06/08/2013

As cidades paulistas de Mogi das Cruzes, Arujá, Biritiba Mirim, Guararema, Salesópolis e Suzano, lutam pela instalação de uma usina de queima de lixo como alternativa a um aterro sanitário, que seria construído em Mogi.  Entretanto, a instalação da usina ainda não foi aprovada. Assim, além de gerar energia limpa, a medida seria uma maneira mais eficiente e menos poluente do que o projeto do aterro de Mogi das Cruzes, criticado por ambientalistas e pela população local.

A solicitação de construção foi negada porque nenhum dos municípios apresentou a tempo o Plano Municipal de Gestão de Resíduos, diretriz fundamental para a construção da usina termelétrica, viabilizada para ser erguida em Mogi – município que preparou o documento, mas não pôde apresentá-lo às autoridades em função do recesso da Câmara Municipal.

A mesma situação ocorreu com Biritiba Mirim, que já possui o Plano de Gestão de Resíduos. Em nota, a prefeitura da cidade disse que o plano foi elaborado e concluído, e aguarda apenas o retorno do  recesso da Câmara Municipal para as devidas providências. As demais cidades não concluíram o Plano Municipal de Gestão de Resíduos, e enviariam o lixo produzido para o aterro de Mogi das Cruzes.

Na última quarta-feira (31), os integrantes do Movimento Aterro Não, Usina Sim organizaram uma reunião com a presidente da Sabesp, Dilma Pena, pedindo esclarecimentos sobre a realização do projeto. "A presidente aguarda a elaboração do Plano Municipal de Resíduos Sólidos. Ela deixou bem claro que, por causa disso, o projeto para implantação da termoelétrica em Mogi não avançou”, afirmou ao G1 Sílvio Marques, que esteve na reunião.

Coordenado pela empresa Queiroz Galvão, o projeto de construção do aterro sanitário em Mogi das Cruzes teve início em 2003. A população local se mobilizou para evitar a construção do depósito de resíduos, chegando a criar uma lei de iniciativa popular. O projeto não recebeu licenciamento ambiental por causa de inviabilidade.

Redação CicloVivo

 

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