Pesquisadores da Universidade de Delaware apostam em uma turbina eólica em formato de pipa como uma alternativa eficiente para a produção de grande quantidade de energia limpa. O estudo foi apresentado na edição deste mês da revista Energias Renováveis.
Conforme publicado no Phys.org, os cientistas encontraram porções atmosféricas ideais para a instalação de dispositivos de energia eólica no ar, que aproveitam a força dos ventos para produzir eletricidade. De acordo com a pesquisa, existem áreas suficientes com este perfil para produzir vários terawatts de energia todos os anos. O potencial é tão grande, que a expectativa é de que a capacidade seja superior à demanda em todo o mundo.
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“Essas áreas, que chamamos de ‘máxima velocidade do vento’ são muito mais frequentes e em mais regiões do que imaginávamos”, explica Christina Archer, professora adjunta da Faculdade da Terra, Oceano e Meio Ambiente, além de líder do estudo. De acordo com ela, as turbinas “voadoras” são mais comuns do que se imagina e já existem mais de 20 empresas trabalhando em tecnologias deste tipo, enquanto mais de cem patentes já foram relacionadas a essa tecnologia, somente nos Estados Unidos.
Ao contrário das turbinas eólicas terrestres e offshore, turbinas voadoras podem chegar a alturas extremas, onde a velocidade do vento é muito maior. Este formato também depende de materiais mais baratos e os impactos visuais e sonoros podem ser ajustados de acordo com a necessidade e a qualquer momento.
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Inicialmente, as empresas do setor pretendiam usar as “pipas” em alturas semelhantes às atingidas por jatos e aviões, em média a 30 quilômetros de distância. No entanto, as correntes de ar muito fortes impossibilitaram que as linhas de extensão e as amarras de transmissão aguentassem o peso. Agora, a indústria trabalha com distâncias menores, entre 200 metros e três quilômetros, em áreas com ventos constantes e em alta velocidade.
Redação CicloVivo