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Ruas da zona sul de São Paulo são pintadas para receber ciclovias

As ruas de São Paulo têm ganhado um colorido diferente. Alguns moradores têm ido dormir e quando acordam se deparam com uma faixa vermelha pintada no asfalto.

Published 04/08/2014

As ruas de São Paulo têm ganhado um colorido diferente. Alguns moradores têm ido dormir e quando acordam se deparam com uma faixa vermelha pintada no asfalto. Isto faz parte das obras da prefeitura, que visam a instalação de 400 quilômetros de ciclovias na cidade até 2015.

Alguns pequenos trechos já foram inaugurados. Outros ainda estão em andamento, como acontece na região de Santo Amaro, na zona sul. Além da tinta vermelha e das sinalizações, algumas ruas que receberão as faixas exclusivas para bicicleta e eram de paralelepípedo, têm sido asfaltadas. O percurso cruzará três grandes avenidas locais: Santo Amaro, Vereador José Diniz e a Adolfo Pinheiro.

Esta é uma das apostas municipais para aumentar a quantidade de ciclistas urbanos em São Paulo. O sucesso das ciclofaixas de lazer comprova que ciclistas iniciantes se sentem mais seguros quando podem pedalar em um espaço exclusivo, segregado dos carros. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego, em 2012, quando os últimos dados foram levantados, eram realizadas 267 mil viagens de bike todos os dias. A esperança é de que as novas estruturas cicloviárias melhorem ainda mais esses números.

Está bom, mas pode melhorar

Morador da zona sul da capital, o Engenheiro Agrícola e Ambiental Marlon Fernandes de Souza, usa a bicicleta como seu principal meio de transporte diário. A ciclovia em construção na região de Santo Amaro passará em frente à sua casa, mas a rota não parece ser suficiente para facilitar o trajeto de quem pedala até outros bairros.

“Eles estão fazendo a ciclovia sentido estação de trem (Granja Julieta – linha esmeralda). Porém, a estação não tem bicicletário e nem acessa nenhuma outra ciclovia, ou seja, meio que leva nada a lugar nenhum”, explicou.

Durante o anúncio do Plano Diretor de SP, na última semana, o prefeito Fernando Haddad garantiu que uma das principais preocupações de sua gestão é incentivar o uso de transportes alternativos e promover a intermodalidade. Para isso, muitas mudanças ainda precisam ser feitas.

A área citada por Souza é muito próxima à Marginal Pinheiros, que possui uma das maiores ciclovias da cidade. No entanto, o acesso a ela não é permitido em qualquer estação. Outro fator que dificulta a mescla entre modais é limitação do horário para a entrada de bicicletas nas estações do trem e metrô, um ponto que deve ser analisado pela prefeitura para que mais pessoas pensem em deixar o carro na garagem e testar outro meio de transporte.

Por Thaís Teisen – Redação CicloVivo

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