O cicloturismo é uma boa opção para quem deseja viajar de maneira sustentável e ainda estar em constante contato com a natureza. Ao contrário do que pode se pensar, não é necessário ser atleta para pegar estrada em duas rodas, basta apenas estar familiarizado com a bicicleta e ter um preparo físico em nível médio.
O ciclista e mestrando em ciência ambiental, Paulo Roberto Cunha, está no grupo de pessoas adeptas do cicloturismo. Além da paixão por viajar de bike, ele também é um dos diretores do Clube de Cicloturismo do Brasil, uma Organização Não Governamental, que tem como intuito disponibilizar informações e divulgar eventos que promovam esta prática alternativa de turismo.
Com vasta experiência em viagens sobre as duas rodas, Cunha explica que este é um conceito que ainda está crescendo no Brasil. Por isso, é comum se deparar com pessoas que acham estranho encontrar alguém com a bike carregada, pedalando pelas estradas.
Mesmo que esta ideia ainda não esteja popularizada, o Clube de Cicloturismo do Brasil já conta com 16 mil ciclistas cadastrados no site, de diversas regiões do país. Os roteiros são diversos e variam de acordo com a preferência pessoal de cada um, no entanto o clube disponibiliza um manual com sugestões de rotas e de cuidados que tornam a viagem mais prazerosa e segura.
Entre as experiências em cicloturismo desfrutadas pelo cientista ambiental, ele destaca a rota percorrida entre a cidade de Três Coroas, no Rio Grande do Sul, e Laguna, em Santa Catarina. Segundo ele, a viagem também é uma ótima oportunidade de interagir com a população local. Esta dica é importante para conhecer os lugares que às vezes não estão nos guias, mas reservam belezas naturais muito especiais. O trajeto de 600 quilômetros, entre os dois estados da região sul do Brasil, foi percorrido por ele em 15 dias.
Cunha esclarece que as viagens de bike não precisam ser feitas necessariamente em grupos. No entanto, o ideal é que os iniciantes evitem viajar sozinhos, para que possam se acostumar com o meio alternativo de transporte.
Por Thaís Teisen – Redação CicloVivo