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Autoridades sauditas permitem que mulheres andem de bicicleta

Desde 1990, as mulheres sauditas são proibidas de dirigir carros. A partir de agora, uma brecha foi aberta para que elas possam andar de bicicleta e de moto. Em contrapartida, o veículo ainda não pode ser usado como meio de transporte.

Published 02/04/2013

Desde 1990, as mulheres sauditas são proibidas de dirigir carros. A partir de agora, uma brecha foi aberta para que elas possam andar de bicicleta e de moto. Em contrapartida, o veículo ainda não pode ser usado como meio de transporte.

A proibição é um dos exemplos de violação dos direitos das mulheres, baseada na lei islâmica, que segrega homens e mulheres em espaços públicos. Ainda assim, elas poderão andar de bicicleta desde que estejam devidamente trajadas com a vestimenta tradicional "abaya" e acompanhadas de uma espécie de “guardião” masculino.

Os ativistas de direitos humanos da Arábia Saudita não comemoram a notícia. Em entrevista à Folha, Zaki Safar afirmou que a permissão “não é para o transporte, é para a diversão”. Ele foi um dos responsáveis pelo movimento Women2Drive, que ocorreu em 2011. Durante o ato, diversas mulheres desafiaram a proibição, sendo muitas detidas posteriormente.

A informação foi notificada no jornal saudita Al-Yawm. "Mulheres estão livres para dirigir bicicletas em parques e diante do mar, entre outras áreas, desde que estejam vestindo-se modestamente, e um guardião masculino tem de estar presente para o caso de acidentes", afirmou à publicação, uma fonte do Comitê para a Promoção da Virtude e a Prevenção do Vício.

Além de só poderem ocupar áreas destinadas ao lazer, as autoridades do reino recomendam que elas evitem os locais frequentados por jovens para que não sejam assediadas.

Na Coreia do Norte a situação das mulheres também não é muito diferente. Com a desculpa de que o ato “fere a moral socialista”, em janeiro deste ano, as autoridades locais voltaram a proibir que elas andem de bicicleta em todo o país. Com informações da Folha.

Redação CicloVivo

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