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Estudante desenvolve técnica que usa cogumelos e papelão para construção

Criado como alternativa às construções tradicionais, material não gera resíduos.

Published 22/06/2017

Alunos da Universidade de Brunel, em Londres (Inglaterra), estão testando uma estrutura no mínimo inusitada. Eles estão usando cogumelos para criar um novo tipo de construção sustentável. A ideia é que a técnica possa ser uma alternativa às construções tradicionais.

Em parceria com a empresa de arquitetura Astudio, o estudante Aleksi Vesaluoma criou uma estrutura feita com micélio (parte vegetativa dos fungos) misturado com papelão. O material é então moldado, dando forma ao que ele chama de “salsichas de cogumelo” que então é embalado em uma espécie de gaze de algodão.

A estrutura é colocada em uma estufa por quatro semanas onde ela pode se desenvolver. Aí estará pronta para ser usada em festivais ou qualquer evento temporário e depois será facilmente biodegradada na natureza. A intenção é ter um produto que gere zero resíduos.

O criador também afirma que os cogumelos que surgem na estrutura também podem ser colhidos para consumo, ressignificando a própria função arquitetônica. Vesaluoma dá como exemplo tal uso sendo adotado por um restaurante que serve pratos com cogumelos.

“Atualmente, os principais fatores que impedem a comercialização em grande escala de materiais com micélio são as pré-suposições das pessoas, bem como o poder da indústria com fins lucrativos”, acredita.

Foto: Universidade de Brunel/Divulgação

O material resultante do micélio com orgânicos, usados na construção civil, tem potencial para amenizar diversos problemas ambientais, como a remoção de recursos da natureza, desmatamento e emissões tóxicas de queima de tijolos.

“Os materiais do micélio são benéficos para nós e para o meio ambiente, além de serem realmente legais. Eles são um excelente exemplo do porquê precisamos confiar na inteligência da natureza para nos ajudar a criar sistemas de fabricação mais regenerativos”, conclui o estudante.

Foto: Universidade de Brunel/Divulgação

Redação CicloVivo

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