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Comunidade no México constrói casas com bambu, terra e pedras

Mexicanos aproveitam excesso de recursos naturais para fazer residências.

Published 30/08/2017

Às vezes, é preciso que alguém de fora do problema consiga enxergar a solução óbvia. Este foi o caso da comunidade rural de Tepetzintan, em Puebla, no México, que sofria com dois problemas: falta de habitação para a demanda crescente e o excesso de bambu, que atrapalhava o cultivo de plantações, como milho, feijão e café. Diante deste cenário, o estúdio “Comunal: Oficina de Arquitetura” desenvolveu um projeto que respondeu aos anseios sociais, econômicos e ambientais.

Os arquitetos perceberam que havia muitos recursos naturais subutilizados, como madeira, terra, pedra, além do próprio bambu, que poderiam ser usados para construir casas. “Uma vez que o projeto foi definido junto à comunidade, iniciamos o processo de troca de conhecimento. Para este processo, foram realizadas cinco oficinas técnicas e construtivas com as duas espécies locais de bambu e oficinas de design participativo para desenvolver o exercício de habitação de forma inclusiva”, afirma o estúdio em seu site.

Foi assim, que os próprios moradores colocaram a mão na massa, usando recursos locais. Mesmo com o dedo da empresa, o projeto respeitou os costumes e características da comunidade e o resultado foram residências tradicionais integradas com métodos ecológicos. Foram implantados também sistemas de baixo custo para coleta, armazenamento e tratamento da água. Além disso, a ventilação cruzada e chaminés garantem que o clima interno seja confortável ao longo do ano.

Foi ainda usado um sistema de fabricação modular com o menor número de peças possíveis: para que a montagem da casa fosse rápida e simples. O telhado foi feito com alumínio reciclado, o que garante uma temperatura constante dentro da casa e ainda evita a formação de fungos, bactérias e umidade.

Com grande ênfase em treinamentos, a equipe do estúdio ensinou cada etapa da gestão do bambu – da silvicultura à construção. Isso vai garantir que os moradores possam replicar as técnicas aprendidas quando e onde quiserem.

Fotos: Onnis Luque

Imagens da planta: Comunal: Oficina de Arquitetura via designboom

Redação CicloVivo

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