A indústria da moda responde por 10% das emissões globais de CO2. A produção de peças e acessórios muitas vezes está ancorada em práticas nocivas ao meio ambiente e aos seres humanos, usando quantidades enormes de água e outros recursos naturais e matérias primas poluentes.
Tudo isso está vinculado a um mercado onde o consumismo é cada vez mais estimulado, por tendências e peças que duram cada vez menos. Uma solução é procurar peças de qualidade, que vão ser usadas por muito tempo e que combinem com o seu estilo pessoal – assim nunca saem de moda.
Um bom lugar para encontrar roupas, sapatos e outros acessórios com estas características são os brechós. Eles mostram como é possível estar na moda, gastando menos dinheiro, poupando recursos naturais e quebrar o ciclo do fast fashion – “moda rápida que com sistema de produção em escala que degrada o meio ambiente e desrespeita os seres humanos envolvidos na cadeia de produção”, como explica a ativista ambiental e consultora de moda sustentável, Giovanna Nader.
Giovana selecionou 138 brechós brasileiros em um guia, que traz ainda uma série de informações e dicas para quem já compra roupas usadas e para quem quer começar a comprar em brechós. “Esse tipo de compra é a maneira mais sustentável possível de se consumir moda, pois essas peças já estão no mundo, já foram produzidas, ou seja, já se gastou insumo para a fabricação dessas roupas que ninguém mais quer. Então, quando você está resgatando uma roupa parada, está dando vida a ela novamente, colocando-a na roda, que passa a girar de novo. A quilômetros de distância da alucinante indústria da moda que apenas visa ao lucro”, explica a consultora.
Comprar roupas em brechó é mais barato do que consumir em lojas e nestes lugares é possível garimpar peças que realmente combinam com você, e não com somente com as tendências da moda, que mudam cada vez mais rápido. “Atualmente, existem brechós com os mais diversos perfis, para agradar a todos os públicos”, garante Giovana Nader.
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