Ícone do site

Sobras de alimentos e temperos são transformados em tintas orgânicas

Tintas naturais que combatem o desperdício de alimentos foram apresentadas durante a Virada Sustentável 2013

Published 10/06/2013

Refeições coloridas quase sempre indicam uma dieta saudável, mas da cozinha também surgem muitas opções para substituir as tintas convencionais. Elaboradas em casa, com temperos e restos de alimentos, as tinturas orgânicas são comestíveis e podem ser usadas por bebês e crianças, além de servir como um destino adequado para os alimentos que seriam jogados no lixo.

As tintas orgânicas nascem de ingredientes encontrados na cozinha, como restos de espinafre, beterraba, urucum, açafrão, cúrcuma e pó de café.  “A gente come beterraba e repara aquela cor, que é linda, pode se transformar numa tintura e não traz prejuízos à saúde, já que a tinta é natural e não tem cheiro”, explica Cynthia Alario, realizadora da oficina Ecografite, realizada durante a Virada Sustentável 2013.

Da elaboração até a pintura, as tintas feitas em casa a partir dos temperos e restos de alimentos são boas opções de diversão para as crianças. “O cheiro não faz mal para a criança, que ainda pode colocar a tintura na boca porque o material é orgânico”, afirma Cynthia.

Na hora de fazer as tintas orgânicas, não tem segredo: O ingrediente deve preencher o espaço de um copo, que deve ser misturado com um litro de água. Ao acrescentar talco, a tintura ganha mais consistência. A partir daí, a beterraba faz a tinta vermelha, o pó de café cria o marrom, o espinafre dá a tonalidade verde, o açafrão compõe o amarelo e o urucum dá origem a tons alaranjados.

As tintas orgânicas não são apenas brincadeira entre os pequenos: os materiais encontrados na natureza de forma bruta e várias sobras de alimentos deram origem a tinturas para tecidos e pinturas harmoniosas. “Muitos dos grandes pintores que produziram telas com tinta a óleo, também usaram comidas e temperos – como o urucum, o açafrão, o espinafre – para compor as suas obras”, lembrou Cynthia. “Na cultura indígena, a terra e o urucum são usados para fazer pinturas corporais”, completou a realizadora da atividade.

A oficina de Ecografite foi promovida no Parque Villa Lobos, zona oeste de São Paulo. Durante a atividade os visitantes fizeram pinturas e desenhos em um painel de pano instalado no parque. A oficina foi realizada pela primeira vez no último sábado (8), e o painel com as intervenções será doado para a organização da Virada Sustentável.

Por Gabriel Felix – Redação CicloVivo

Sair da versão mobile