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Acima de qualquer deficiência, ela escolheu ser feliz

“Afinal, na vida, temos dois caminhos a seguir: ser feliz ou não. E eu escolhi a primeira opção.”

Published 19/11/2015

Através da campanha “Eu crio um mundo melhor”, o CicloVivo tem recebido depoimentos de pessoas em diversos lugares do Brasil e do mundo contando suas histórias e mostrando que é possível fazer a diferença e inspirar outras pessoas com os seus exemplos.

Nesta semana, uma das histórias que mais nos emocionou foi da Nathalia Blagevitch, uma jovem de 25 anos que superou as adversidades de uma deficiência física para se tornar advogada, blogueira, escritora, palestrante e professora-tutora.  Além disso tudo, ela também é a idealizadora do projeto Caminho Acessível.

Todos os detalhes dessa história você acompanha do depoimento abaixo, escrito por ela mesma:

“Nasci com o que a medicina define como hemiplegia, um tipo de paralisia cerebral que, no meu caso, limita a mobilidade da parte direita do corpo. Por isso, sou canhota e ando com dificuldade, mas conto com a ajuda de uma scooter – carrinho motorizado para quem tem mobilidade reduzida –, quando tenho de percorrer distâncias maiores.

Sou capaz de fazer quase tudo sozinha e tenho uma rotina bem agitada, pois estudo, trabalho, tenho muitos amigos e gosto muito de curtir a vida.

O fato é que, como já nasci com essa deficiência motora, nunca me senti muito diferente, nem tive de me moldar radicalmente à complicada sociedade em que vivemos. Mesmo porque eu cresci como qualquer outra criança, com tropeços, risadas, choros e broncas.

É claro que já passei por incontáveis episódios desagradáveis. Mas isso acontece com qualquer jovem. Assim, aprendi a transformar essas coisas em uma espécie de combustível que sempre me fortalece.

Em todos os períodos de minha vida, a deficiência me obrigou a fazer diversas adaptações. Por isso, não me sinto incapaz para coisa alguma. Afinal, na vida, temos dois caminhos a seguir: ser feliz ou não. E eu escolhi a primeira opção.

Hoje, agradeço demais por ter aprendido com cada dificuldade que passei e, principalmente, por cada ‘empurrão’ que minha família e meus amigos me deram. Mesmo porque, desde pequena, fui criada para ser independente e para desbravar o mundo. Isso me deu muita força, pois superar obstáculos, de um jeito ou de outro, é algo que todo mundo tem de aprender.

Tenho milhares de sonhos e sei que, para alcançá-los, terei de vencer obstáculos, nem sempre fáceis. Afinal, vivemos em uma sociedade deficiente que ainda tem muito a aprender para evoluir.

Enfim, como compôs Caymmi:

‘eu nasci assim,

eu cresci assim,

eu sou mesmo assim,

vou ser sempre assim…’”

Se você também tem uma história diferente ou se identificou com essa, entre em contato com o CicloVivo através de nossa página no Facebook.

 

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