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Seca que atingiu Amazônia em 2010 pode resultar na emissão de 5 toneladas de CO2

Cientistas brasileiros do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), em parceria com estudiosos britânicos da Universidade de Leeds, lançaram um estudo que mostra impacto da seca de 2010 na região amazônica.

Published 04/02/2011

Cientistas brasileiros do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), em parceria com estudiosos britânicos da Universidade de Leeds, lançaram um estudo que mostra impacto da seca de 2010 na região amazônica.

A pesquisa, publicada na revista científica “Science” fez uma análise da última década e constatou que a estiagem ocorrida no ano passado foi pior que a de 2005, quando em 37% da área de floresta a quantidade de chuva foi menor do que o nível médio da região.

Com os baixos índices pluviométricos os rios baixaram de tal forma que os impactos imediatos foram sentidos no transporte fluvial e na vida dos moradores locais. As pesquisas, no entanto, puderam se aprofundar no fenômeno climático e definir números que demonstram o impacto da estiagem em longo prazo.

Um dos trechos do relatório mostra o fato de que secas desse tipo deveriam acontecer somente de cem em cem anos. Porém, a realidade brasileira foi outra. Em 2005 a região amazônica havia sofrido com uma forte estiagem e apenas cinco anos depois o fenômeno ocorreu novamente e dessa vez ainda pior. “Se os eventos de seca continuarem, a era de uma Amazônia intacta armazenando o aumento no dióxido de carbono atmosférico pode ter acabado”, diz o relatório.

O armazenamento de carbono da floresta foi um dos pontos mais importantes do estudo. Por causa da seca, muitas árvores morreram e o resultado disso pode ser a emissão de cinco bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera, durante os próximos anos, número próximo às emissões americanas ocasionadas pelos combustíveis fósseis, que é de 5,4 bilhões de toneladas por ano.

A conclusão é de que a seca pode fazer com a floresta venha a emitir mais CO2 do que absorve. Os cientistas advertem, porém, que pode ser que a floresta se recupere, mas o trabalho de campo que pode vir a comprovar essa possibilidade ainda não foi realizado. Com informações da Globo Natureza e Folha de S. Paulo.

Redação CicloVivo

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