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Pulseiras de silicone ajudam cientistas a monitorar poluição do ar

Os cientistas identificaram 45 componentes, entre eles pesticidas, cafeína, nicotina e diversos produtos químicos utilizados em cosméticos e produtos de limpeza.

Published 10/03/2014

Pesquisadores da Universidade do Oregon, EUA, desenvolveram uma técnica simples para identificar poluentes aos quais a população está constantemente exposta. A estratégia consiste em utilizar pulseiras de silicone como captadores.

Para a realização da experiência, os cientistas fizeram uma limpeza prévia para retirar todos os químicos utilizados no silicone, de maneira que isso não afetasse as análises posteriores. A escolha do material deve-se ao fato de o silicone ser poroso e absorver os elementos do ambiente de forma parecida com as células humanas.

Trinta voluntários participaram da experiência. Eles utilizaram a pulseira durante trinta dias e passaram por análises de 1200 tipos diferentes de elementos químicos. Os cientistas identificaram 45 componentes, entre eles pesticidas, cafeína, nicotina e diversos produtos químicos utilizados em cosméticos e produtos de limpeza.

Ted Schettler, diretor científico da Associação de Ciência e Saúde Ambiental, nos EUA, explicou que o estudo deve servir como um passo importante para novos estudos epidemiológicos, auxiliando o campo de pesquisas sobre saúde. Um dos pontos mais importante dessa estratégia é a facilidade com que ela pode ser replicada para grupos maiores, com baixos custos.

Os voluntários tiveram que usar os braceletes durante oito horas ao dia, enquanto mantinham suas atividades normais. De acordo com Kim Anderson, a pesquisadora responsável pelo projeto, as pulseiras monitoram o ar e permitem que as análises sejam mais precisas em relação às quantidades. Tudo isso é feito de maneira mais simples e com muito menos gastos que os sistemas tradicionais.

A comunidade científica se mostrou empolgada com as novas possibilidades que o estudo pode oferecer em diversas áreas de pesquisa.

Redação CicloVivo

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