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Moradores da Jureia querem alterar área de preservação

Se persistirem os embates por territórios na estação ecológica, uma das mais resguardadas matas do sudeste poderá sofrer alterações na sua área de preservação, colocando seu complexo ecossistema em risco.

Published 16/10/2012

Se persistirem os embates por territórios na estação ecológica, uma das mais resguardadas matas do sudeste poderá sofrer alterações na sua área de preservação, colocando seu complexo ecossistema em risco.

Unir a ocupação humana com a preservação ambiental é uma tarefa árdua na Estação Ecológica Jureia-Itatins, onde existe uma incrível biodiversidade registrada: considerada como o conjunto mais primitivo de Mata Atlântica no Estado de São Paulo, a região fica a 150 km distantes da capital paulista e possui 80 mil hectares em proteção integral – ou seja, neste local não é permitida a construção de casas, nem a habitação de pessoas.

Considerada como estação ecológica desde 1986, a Jureia poderá receber um mosaico de unidades de conservação, com várias categorias de proteção, sendo duas Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS), as quais permitem a habitação apenas dos nativos, com um projeto de fiscalização sobre a exploração dos recursos naturais.

Entretanto, na região há um grande número de habitantes mais recentes, que, descontentes com a proposta, recorreram às autoridades para incluir novas áreas de ocupação legal. Em linhas gerais, as respostas dos deputados em nada favoreceram o equilíbrio ambiental da região: um deles propôs que metade da Jureia se tornasse uma área habitável.

Rejeitada a proposta, costurou-se uma emenda que amplia duas RDSs já previstas (Barra do Uma e Despraiado) e ainda cria uma terceira, a RDS da Trilha do Imperador, que inclui as praias do Rio Verde e do Una.

É preciso que as autoridades fiquem atentas ao compatibilizar a ocupação humana com a preservação da complexa biodiversidade da Jureia, que possui grande valor científico, ambiental e turístico. Na estação ecológica, são encontradas pradarias submersas, vegetação de areia, dunas, restinga, lagoas, mangue, floresta tropical e campos de altitude. Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

Redação CicloVivo

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