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Microplásticos estão sendo transportados pela chuva

Estudos da Universidade de Utah sugerem que as partículas de plástico estão literalmente caindo do céu

Published 19/04/2021
microplásticos chuva

Foto: Pixabay

Há tempos, os microplásticos estão sendo encontrados nos locais mais remotos do planeta e até mesmo em órgãos humanos e alimentos, como frutas e vegetais. Infelizmente, estudos mostram que os microplásticos estão literalmente caindo do céu, misturados com a chuva.

Cientistas da Universidade de Utah, conduziram um estudo em 11 parques nacionais dos EUA, durante 14 meses. Foram identificados vários tipos de microplásticos e material particulado (PM) e cerca de 4% das partículas atmosféricas analisadas correspondiam a polímeros sintéticos.

Na região analisada, o oeste dos Estados Unidos da América (EUA), pesquisadores estimam que a chuva traga mil toneladas de microplásticos por ano.

Foto: iGUi Ecologia | Reprodução

O passo seguinte foi investigar a origem deste material e a conclusão é que os microplásticos são principalmente provenientes de fontes de emissões secundárias; 84% dos fragmentos vieram das estradas, 11% dos oceanos e 5% dos solos agrícolas.

“É incrível que tanto plástico esteja presente na atmosfera, acumulando-se nos oceanos e na terra. Este material está circulando e se movendo para todos os lugares, incluindo para lugares remotos”, afirma Natalie Mahowald, uma das autoras do estudo, em comunicado à Universidade de Cornell.

De acordo com os autores, os microplásticos transformam-se em partículas ainda menores no oceano e os ventos transportam-nos para a atmosfera em períodos que podem chegar a até seis dias.

“Os nossos dados sugerem que os polímeros não biodegradáveis existentes continuarão a circular pelos sistemas da Terra”, explica Natalie. Ela diz que as próximas etapas incluem o estudo do ciclo deste material plástico. “Devido a observações limitadas e compreensão dos processos de origem, permanecem grandes incertezas no transporte, deposição e atribuição da origem dos microplásticos. Assim, temos como prioridade futuras pesquisas direcionadas para a compreensão do ciclo do plástico.”

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