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Estiagem no Amazonas coloca 21 municípios em estado de emergência

Desde o início de agosto, mais de 40 mil famílias foram prejudicadas pela seca que atinge o Amazonas. A Defesa Civil reconheceu, na última sexta-feira (8), a situação de emergência em 21 municípios amazonenses.

Published 14/10/2010

Desde o início de agosto, mais de 40 mil famílias foram prejudicadas pela seca que atinge o Amazonas. A Defesa Civil reconheceu, na última sexta-feira (8), a situação de emergência em 21 municípios amazonenses. Os ribeirinhos que residem em cidades distantes do Amazonas estão sofrendo com a estiagem há mais de 30 dias.

Ane Alencar, geógrafa e pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), disse que esta seca é decorrente do El Niño ocorrido em 2009, que deixou reflexos em 2010. “O El Niño de 2009 foi o pior das últimas três décadas e trouxe como consequência as fortes chuvas no Sul e a seca no Norte do país. Sempre quando ocorre um El Niño muito forte existem impactos no ano seguinte”. O agravamento desta estiagem se dá pela frequência e intensidade de secas que vêm ocorrendo desde 2000 e não deixaram tempo para as florestas se recuperarem.

De acordo com informações do Governo de Estado, as ações emergenciais de ajuda humanitária aos municípios afetados começaram esta semana, com o envio de seis toneladas de alimentos. O envio é dificultado por causa da seca nos rios, assim o transporte só pode ser feito através de canoas. Além da falta de água e alimentos, muitas pessoas estão com problemas intestinais provocados pela má qualidade da água.

O coronel Roberto Rocha, diz que no momento duas ações estão sendo tomadas. A primeira é o envio dos suprimentos essenciais, a segunda é a assistência pós-desastre, que é a continuidade da estabilidade da população para que eles retomem a moral social.

Os municípios em situação de emergência por causa da estiagem são Atalaia do Norte, Benjamin Constant, São Paulo de Olivença, Santo Antônio do Iça, Tabatinga, Tonantins, Caapiranga, Boca do Acre, Envira, Guajará, Itamarati, Juruá, Borba, Alvarães, Coari, Fonte Boa, Jutaí, Tefé, Uarin, Beruri, Manacapuru, Itacoatiara, Barreirinha, Parintins e Ipixuna. Esta última localizada no Sudoeste do Amazonas é a que se encontra em estado mais grave.

Com informações da Agência Brasil

Imagem: ©Greenpeace/Daniel Beltrá

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