Instalar pequenas turbinas eólicas no topo de prédios para gerar energia renovável. Esta é a ideia que a empresa estatal de habitação Howoge está tentando tirar do papel em Berlim, na Alemanha.
O projeto quer testar a geração de energia eólica em uma torre residencial de 64 metros de altura, no distrito de Lichtenberg. O empreendimento tem 398 apartamentos, sendo metade financiados pela gestão municipal de Berlin. A habitação terá preços acessíveis.
Para o empreendimento, a papelada já possui toda a aprovação. Entretanto, a empresa ainda busca a aprovação de reguladores da capital alemã para o projeto eólico. O prédio possui fundações para quatro grandes turbinas eólicas, que serão capazes de abastecer energeticamente 80 apartamentos por conta própria.
Entre as alegações contrárias destacam-se a preocupação com a poluição sonora e a formação de gelo no inverno. O diretor administrativo da Howoge, Ulrich Schiller, afirma que o barulho será insignificante e que as turbinas planejadas para o prédio são menores e as pás não se projetam para fora do prédio. De todo modo, destacou que, devido a um revestimento especial, o gelo pode se acumular nas pás do rotor em condições muito específicas e raras.
Ainda em construção, o edifício deve estar pronto ainda em 2022 – com ou sem turbinas eólicas.
Turbinas eólicas na cidade
A ideia de gerar energia eólica em centros urbanos também já é estudada em São Paulo. Uma pesquisa do Instituto de Energia e Ambiente (IEE), em parceria com o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), mostrou que mesmo as condições de vento na cidade sendo instáveis é possível gerar energia eólica local usando turbinas de pequeno porte.
Apesar da energia solar já ter um custo menor do que a energia eólica, esta última pode gerar energia de forma mais consistente à noite e nos períodos nublados. Idealmente, as cidades devem investir em ambas, maximizando as possibilidades e garantindo mais segurança no fornecimento de energia.
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