Iceland é um supermercado britânico que vende principalmente vegetais congelados -, imagine a quantidade de plásticos que são usados neste caso. Já conhecido no Reino Unido, ele quer se tornar mundialmente famoso por ser o primeiro grande varejista a eliminar embalagens plásticas de todos os seus produtos. A medida valerá para os itens comercializados pela marca própria da empresa.
Criar uma variedade de embalagens, como bandejas de papel e celulose e sacolas de papel totalmente recicláveis, são alguns dos planos da companhia. Cada parte do processo transitório será divulgado nos próximos cinco anos. Aliás, quase tudo até agora teve a consultoria de especialistas da organização ambiental Greenpeace.
Anualmente, cerca de um milhão de toneladas de plásticos são gerados pelos supermercados no Reino Unido. O Iceland quer reduzir sua “contribuição” nestes números até o final de 2023.
O supermercado usará materiais recicláveis e biodegradáveis em cerca de 1.400 linhas de produtos da própria cadeia. Vidro e metal também serviram como materiais substitutos dos plásticos. O Iceland também é o primeiro supermercado do Reino Unido a remover sabores artificiais e cores dos produtos de sua marca própria, além de ser um líder mundial na proibição de ingredientes geneticamente modificados.
Para o diretor-geral do Iceland, Richard Walker, o setor de varejo tem muito potencial para liderar o movimento zero plástico. “O ônus é sobre os varejistas, como principais contribuintes da poluição e desperdício de embalagens plásticas, que devem tomar uma posição e realizar mudanças significativas. Outros supermercados e o setor de varejo como um todo devem seguir o exemplo e oferecer compromissos similares em 2018. Este é um momento de colaboração”, afirma.
Em uma pesquisa com cinco mil pessoas, o Iceland constatou que 80% dos consumidores endossam o movimento de supermercados livres de plástico e 91% seriam mais propensos a recomendar mercados deste tipo aos amigos e familiares.
Plásticos no Reino Unido
Estima-se que mais de 12 milhões de toneladas de plástico entre nos oceanos do mundo todos os anos, colocando a vida de todas as formas de vida marinha em risco. E ainda que não se tenha preocupação com animais, é bom lembrar que as toxinas de plásticos voltam novamente para a cadeia alimentar por meio dos frutos do mar. O plástico também cria um problema de reciclagem significativo – as estatísticas sugerem que apenas um terço dos plásticos são reciclados no Reino Unido – o restante termina em aterro sanitário, incinerado ou descartado ilegalmente.
“Realmente não há mais desculpas para embalagens excessivas, que geram desperdício e afetam nosso ambiente. As tecnologias e alternativas menos prejudiciais ao meio ambiente já existem”, ressalta Walker.
O CicloVivo tem noticiado diversas iniciativas sobre a busca pela eliminação de resíduos plásticos no Reino Unido, veja aqui e aqui.