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Rede de hospital coleta bitucas de cigarro para reciclar

Mais de 12 kg de bitucas foram coletados em apenas três meses, deixando de contaminar aproximadamente 18 mil litros de água.

Published 08/06/2018

As bitucas de cigarro, apesar de parecerem inofensivas, são o lixo mais comum do mundo. São também responsáveis por poluírem o meio ambiente, entupir as redes fluviais das cidades, gerar incêndios e o principal: poluir litros de água.

Atualmente, poucas ações de coleta e reciclagem de bitucas de cigarro são conhecidas pela população. Pensando nisso, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo desenvolveu uma ação para conscientizar, incentivar e organizar o descarte correto dos resíduos de cigarro em suas dependências e arredores. Só nos primeiros três meses do ano, por exemplo, os impactos ao meio ambiente foram minimizados de forma expressiva: nesse período foram coletados mais de 12 kg de bitucas que deixaram de contaminar aproximadamente 18 mil litros de água.

Só em São Paulo, segundo a organização social “Rede Papel Bituca”, são jogadas no chão, diariamente, 34 milhões de pontas de cigarro, o que corresponde a 1,7 milhões de maços, que poderiam encher um apartamento de 70 metros quadrados. Para Marisa Coutinho, gerente de hotelaria da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo e uma das responsáveis pelo projeto, esses são números alarmantes. “Os trabalhos de combate ao tabaco não devem se restringir apenas à conscientização da saúde, mas também da responsabilidade individual nesse processo de descarte, que pode ser nocivo para a saúde e para o ambiente coletivo.”

Lixo tóxico

Como as bitucas de cigarro são classificadas como lixo tóxico Classe 1 (a mesma categoria dos resíduos hospitalares, pois carregam mais de 8 mil substâncias tóxicas somente no filtro), o projeto conta com parceria da Poiato Recicla, a primeira estação de coleta e reciclagem de resíduos de cigarro do Brasil.  Os resíduos recolhidos são submetidos a um processo de reciclagem no qual são transformados em massa celulósica utilizando tecnologia 100% nacional desenvolvida pela UnB – Universidade de Brasília.

Para Marisa, a colaboração da população, é o grande segredo para os bons resultados do projeto. “O sucesso do programa se dá pela colaboração dos usuários, preservando a limpeza do ambiente e a saúde de todos”.

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