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Hub de economia circular reúne empresas para projetos em larga escala

Nespresso, Electrolux, Gerdau e Tomra são alguns dos participantes que procuram viabilizar projetos circulares conjuntos

economia circular
Foto: iStock

O Hub de Economia Circular Brasil busca acelerar a implementação da Economia Circular no país a partir da integração de empresas de vários setores e portes em negócios circulares. Para otimizar este trabalho, foram definidos quatro grupos de parcerias e soluções entre os participantes: Novas Cadeias de Fornecimento de Plástico Filme, Logística Reversa de Linha Branca, Resina Reciclada e Design Circular.

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A iniciativa da Exchange 4 Change Brasil, organização com o propósito de orientar a transição para esse novo paradigma econômico, já conta com 16 membros. As parcerias buscam estimular novas relações comerciais entre as empresas com base nos princípios da circularidade, remodelando processos e articulando a integração da cadeia produtiva em um formato orientado para resultados.

Nesta nova etapa de trabalho, estão estudando soluções escaláveis para implementação de projetos pilotos para teste de validação.

“Lá na frente, as empresas vão precisar pagar a conta da escassez de recursos e dos riscos tomados. A Economia Circular oferece um novo equilíbrio econômico, em que lucro e valor estão mais próximos e conectados do que nunca.”

Beatriz Luz, fundadora da Exchange 4 Change Brasil

“O investimento é sempre necessário, mas seu retorno será baseado em novas regras e valores. Indicadores como responsabilidade socioambiental, posicionamento estratégico e exigências do consumidor mostram que a remodelagem da cadeia gera um valor excepcional para todos os elos. É uma solução de longo prazo, na qual os retornos são contabilizados de outra forma”, explica a fundadora da Exchange 4 Change Brasil e diretora do hub, Beatriz Luz.

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Os 16 membros atuais do Hub de Economia Circular Brasil são: Electrolux; Gerdau; Nespresso; Covestro; Tomra; Plastiweber; RCR Ambiental; Wise; Sinctronics/Fit/Flex (grupo de empresas); Equipa Group; Cempre; Rhein Advogados; Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI); Casa da Moeda do Brasil; SENAI CETIQT; e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Cluster para Economia Circular

Neste início do segundo ano do Hub de Economia Circular Brasil, quatro subgrupos de trabalho foram estabelecidos a partir de interesses em comum, para que as empresas participantes pudessem buscar juntas as soluções para seus negócios.

“A transição para a Economia Circular só é possível se houver ganho de escala nas cadeias produtivas, a partir do contato entre empresas para que entendam como podem ajudar umas às outras, desenvolver novas matérias-primas, traçar estratégias de logística, entre outros processos. O hub foi criado para fazer essa mediação e articular conexões inusitadas”, reforça Beatriz Luz.

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O objetivo do primeiro sub grupo é potencializar o reaproveitamento do plástico filme, material que muitas pessoas não sabem que é reciclável. Neste sub grupo membros participantes estão unindo esforços para aumentar o volume de material coletado, otimizar a cadeia e consolidar a circularidade do plástico filme, atraindo inclusive novos atores da cadeia para o debate.

Já o segundo sub grupo, trabalha para identificar oportunidades para ampliar o reaproveitamento da linha branca e a transformação em novos produtos. Para isso, estuda-se como viabilizar a logística reversa para que os materiais retornem para novos ciclos produtivos, sendo necessária uma re-definição de função de cada ator na cadeia.

Há também um sub grupo voltado à agregar valor a resina reciclada considerando sua aplicabilidade em produtos, garantindo qualidade e performance. Neste cluster, empresas membros buscam, paralelamente, compreender os desafios e contextos da cadeia de resinas recicladas, para identificar possíveis oportunidades de melhoria a serem aplicadas individualmente nas operações das respectivas empresas.

Por fim, o quarto cluster, voltado para o design circular. O intuito é trabalhar o alumínio como um material circular, valorizando a performance e o design. Essa solução já é aplicada por empresas na Europa, e o hub busca trazê-la para a realidade brasileira.

“As empresas influenciam umas às outras; uma quantidade cada vez maior delas vai compreender que a transição para a economia circular é um diferencial competitivo e um caminho indispensável para o bom desempenho econômico de longo prazo.”

Bruno Igel, CEO da Wise