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Hidrelétricas do norte e nordeste do Brasil vão abrigar usinas solares flutuantes

Existe um potencial solar de mais de 15 MW nos resrvatórios de hidrelétricas brasileiras.

Published 09/03/2016

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, lançou na última semana a primeira usina flutuante do Brasil. O empreendimento terá capacidade de geração de cinco megawatts (MW) e será construído no reservatório da Eletronorte de Balbina, no Amazonas, através de uma parceria entre a Sunlution, empresa brasileira de geração solar e híbrida e geração em usinas solares de médio e grande porte, e a WEG, fabricante de equipamentos. Ainda nesta semana o ministro fará o lançamento da segunda usina flutuante, localizada em Sobradinho, na Bahia.

O projeto integra o programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Eletronorte para captação de projeto de geração complementar de energia. O escopo do projeto inclui o fornecimento de flutuadores com placas fotovoltaicas para o reservatório de Balbina, por parte da Sunluiton, e estudos da otimização da operação de duas fontes de energia (hidrelétrica e solar) utilizando a mesma infraestrutura.

Os participantes do projeto foram definidos em chamada pública, que resultou na escolha do grupo formado pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UFPE (FADE) e Fundação de Apoio Rio Solimões (UNISOL), além das empresas duas empresas responsáveis pela estrutura física.

Foto: Divulgação/Eletronorte

A construção da usina deve levar um período total de 36 meses e está dividida em duas etapas, com a instalação de um megawatt ainda em 2016 e os quatro megawatts restantes, instalados nos últimos 12 meses. Após a conclusão das pesquisas, o sistema em Balbina poderá ser ampliado de 5MWp para até 300 MW, superando a própria capacidade hidrelétrica da usina e beneficiando cerca de 540 mil residências.

Estudos feitos pelo governo indicam que há um potencial de mais de 15 mil MW nos reservatórios das hidrelétricas brasileiras no curto prazo. “A ideia é aproveitar a infraestrutura existentes nas instalações hidrelétricas para produzir energia com geração solar”, explica Orestes Gonçalves, diretor da Sunlution. “Como a estrutura está toda pronta, não há necessidade de se investir em transmissão ou em subestação, como acontece em muitos projetos eólicos, por exemplo”, conclui.

 

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