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Entenda como é possível “estocar vento”

As fontes renováveis de energia têm picos diferentes de produção e dependem das condições climáticas para funcionarem.

Published 09/10/2015

Esse assunto tem tomado conta da internet nos últimos dias. Apesar de parecer assunto de conversa de doido, ele não é tão louco assim. Para que o conceito faça sentido é preciso apenas um ajuste, não se trata de estocar o próprio vento, mas, sim, a energia gerada por ele.

As fontes renováveis de energia, principalmente a solar e a eólica, têm picos diferentes de produção e dependem das condições climáticas para funcionarem. Assim, durante os dias ensolarados, as placas fotovoltaicas tendem a funcionar melhor do que nos dias nublados. Sobre os ventos, o auge da produção eólica ocorre durante a noite, quando o consumo é menor. Portanto, para que todo o potencial energético seja aproveitado, é necessário criar formas de armazenar essa energia para uso posterior.

Uma das soluções mais simples e lógicas seriam as baterias. No entanto, criar uma bateria com capacidade para armazenar toda a energia acumulada em uma fazenda eólica ou solar é um grande desafio, devido à capacidade, eficiência e tamanho que uma estrutura desse tipo precisaria ter.

Diante desse desafio, pesquisadores em todo o mundo buscam estratégias diferentes que permitam estocar a força dos ventos, assim como estocar o potencial solar. Nos EUA e na Europa uma técnica conhecida como “flywheel”, uma espécie de bateria mecânica, capaz de armazenar e controlar a quantidade de energia enviada às redes de transmissão, tem sido uma das principais apostas.

Esse sistema, baseado nos princípios da energia cinética, é capaz de aproveitar 100% da energia renovável. Ele controla a quantidade entregue e ainda consegue armazenar todo o excedente. Além disso, este é o modelo que promete causar menos impactos ambientais, principalmente se comparado às baterias de íon-lítio, muito comuns.

Esta não é a única forma estudada para conseguir “estocar o vento”. Ainda existem diferentes métodos sendo estudados e analisados em todo o mundo.

Redação CicloVivo

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