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EUA retoma acordo climático horas após entrada de Biden

O país é o segundo maior emissor de gases de efeito estufa do mundo.

Published 22/01/2021
Casa Branca, Washington D.C.

Poucas horas depois de ser empossado como presidente, Joe Biden decidiu restabelecer os Estados Undidos no acordo climático de Paris.

Poucas horas depois de ser empossado como presidente, Joe Biden decidiu restabelecer os Estados Undidos no acordo climático de Paris. O país, que é o segundo maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, foi retirado da aliança climática sob o comando de Donald Trump. 

A ordem executiva foi assinada na Casa Branca na última quarta-feira (20) e fará com que os EUA se juntem ao esforço internacional para conter o aquecimento do planeta. O governo Biden ainda deve reverter dezenas de políticas relacionadas ao clima aprovadas por Trump.

Oleoduto em terras indígenas

Biden também assinou outra ordem executiva bloqueando o projeto do oleoduto Keystone XL, um projeto fortemente contestado que traria enormes quantidades de petróleo do Canadá para os EUA para ser refinado. O projeto passava por diversas propriedades indígenas em ambos os países.

Líderes indígenas e ambientalistas comemoram, mas foram protestar para pedir que o novo presidente interrompa também outros projetos controversos.

Também serão revisados e possívelmente interrompidos os projetos de perfuração de petróleo e gás em Bears Ears e Grand Staircase-Escalante (dois grandes monumentos nacionais em Utah) e também no Arctic National Wildlife Refuge (ANWR), no Alaska.

Segundo o jornal britânico The Guardian, outra mudança imediata aconteceu no site da Casa Branca, que teve todas as menções ao clima apagadas em 2017. Uma nova lista de prioridades agora coloca a crise climática atrás apenas da pandemia de Covid-19. 

Acordo climático

O acordo de Paris foi criado em 2015 e delimita o aumento da temperatura global a 1,5ºC acima da era pré-industrial. Espera-se que Biden convoque uma cúpula internacional do clima na primavera para ajudar a acelerar os cortes de emissões e provavelmente apresente uma nova meta para o país almejando 100% energia  limpa e emissões líquidas zero até 2050. Segundo especialistas, esta é uma meta difícil de ser alcançada caso o investimento em petróleo e gás continue.

Cientistas e ativistas climáticos deram as boas-vindas à urgência expressada por Biden, dados os impactos cada vez mais graves da crise climática em todo o mundo, já que em 2020 o planeta estabeleceu um novo recorde de calor extremo

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