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Às vésperas do evento, Chile desiste de sediar COP25

Prevista para ocorrer entre os dias 2 a 13 de dezembro, a conferência do clima precisa urgentemente de outro país para sediar a conferência.

Published 30/10/2019

Foto: Governo Chile/Divulgação

Em meio aos intensos protestos nas ruas, o presidente do Chile Sebastián Piñera anunciou nesta quarta-feira (30) o cancelamento da 25ª Conferência de Partes na Convenção de Clima da ONU. Também foi cancelada a Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) que reuniria potências econômicas mundiais, como Estados Unidos e China.

“Lamentamos profundamente os problemas e inconvenientes que essa decisão significará tanto para a Apec quanto para a COP. Mas como presidente sempre tenho que colocar em primeiro lugar os problemas e interesses dos chilenos, suas necessidades, desejos e esperanças”, afirmou Piñera nesta manhã no Palácio de La Moneda, sede da presidência.

O anúncio ocorre um ano após o governo brasileiro retirar sua oferta de sediar a COP25 sob alegação de “restrições fiscais e orçamentárias”. Já no Chile a gestão não tem conseguido frear os protestos que duram mais de 10 dias, apesar da forte repressão. Um relatório oficial do Ministério da Justiça e Direitos Humanos chileno, divulgado ontem (29), aponta mais de 20 mortos e nove mil pessoas presas. Ativistas e organizações de Direitos Humanos chamam atenção para mais casos que não estão sendo contabilizados, entre eles violência sexual e tortura.

E agora, José?

Prevista para ocorrer entre os dias 2 a 13 de dezembro, a conferência do clima precisa urgentemente de outro país para sediar o evento. Em comunicado, a secretária-executiva de Mudanças Climáticas da ONU, Patricia Espinosa, afirmou que está “explorando alternativas”.

O site Climate Change News lembra que, no passado, quando houve casos de países não conseguiram sediar a conferência, por questões logísticas e de capacidade, a solução foi realizá-la em Bonn, na Alemanha, onde não por acaso está o secretariado da Convenção do Clima.

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