Ícone do site

Chile vai acabar com usinas de carvão

Governo e geradores anunciam o fim dos novos desenvolvimentos de usina.

Published 30/01/2018

A geração de eletricidade por meio de usinas de carvão é hoje a principal fonte de geração de eletricidade no Chile representando 40%. Mas, o país acaba de dar um passo ousado em direção à descarbonização de sua matriz elétrica.

Graças à significativa redução de custos e massificação de novas tecnologias incorporadas na matriz energética, a indústria está vendo um futuro mais renovável para o país. A geração termoelétrica será um complemento à energia solar, eólica, hidrelétrica -, quando estas não suprirem a demanda.  

Pontos principais

O governo do Chile e as empresas parceiras da Associação dos Geradores do Chile, AES Gener, Colbun, Enel e Engie fizeram o seguinte acordo:

– As empresas acima mencionadas comprometem-se a não iniciar novos desenvolvimentos de projetos de carvão. Isto é, desde que não possuem sistemas de captura e armazenamento de carbono ou outras tecnologias equivalentes.

– Será criado um Grupo de Trabalho para analisar os elementos tecnológicos, ambientais, sociais, econômicos, de segurança e de suficiência de cada planta e o sistema elétrico como um todo. Isso tudo partindo do contexto dos objetivos da Política Energética de 2050. Além disso, vai estabelecer um cronograma e condições para a cessação programada e gradual da operação de usinas de energia a carvão.

– O Ministério da Energia coordenará este grupo ao qual todas as instituições relevantes serão convidadas neste processo.

Repercussão no Chile

Em entrevista ao jornal La Tercera, o ministro da Energia do Chile, Andrés Rebolledo, estimou que este processo terá seu fim entre 2030 e 2050. Para a CNN, o ministro declarou que é uma notícia muito boa para o combate às mudanças climáticas. O gerente de geração da Enel, Michele Siciliano, disse ao mesmo jornal que “estamos começando a imaginar como será o mundo sem as carvoeiras, estamos empenhados em não construir plantas sem todas as medidas (de captura e armazenamento de carbono)”.

Veja também: França vai desativar todas as usinas de carvão em 3 anos

Sair da versão mobile