Em 2050, oceanos poderão ter mais plásticos do que peixes
Hoje, aproximadamente oito milhões de toneladas de plástico chegam aos oceanos anualmente.
Hoje, aproximadamente oito milhões de toneladas de plástico chegam aos oceanos anualmente.
O cenário catastrófico para os próximos anos foi apresentado em estudo produzido pela organização britânica Ellen MacArthur Foundation e publicado no Fórum Global de Economia. De acordo com o material, se os padrões atuais forem mantidos, em 2050 a quantidade de plástico nos oceanos deverá ser maior do que o número de peixes.
O estudo mostra que mais de 32% de todo o plástico descartado acabam fugindo do controle dos sistemas de reciclagem ou coleta e têm como destino os ecossistemas naturais, principalmente os oceanos. A situação já é grave atualmente, mas tende a piorar.
Hoje, aproximadamente oito milhões de toneladas de plástico chegam aos oceanos anualmente. Esse número é equivalente a um caminhão cheio de resíduos sendo despejado a cada minuto. Em 2030, este número deve ser o dobro e, em 2050, podem ser quatro caminhões de plástico por minuto.
Em entrevista à agência Al Jazeera, Dianna Cohen, CEO da Plastic Pollution Coalition, explicou que um dos maiores problemas é o uso do plástico descartável. O estudo comprova isso mostrando que a maior parte dos resíduos plásticos nos oceanos é formada por materiais que foram usados apenas uma vez antes de serem descartados.
Diana acrescenta que não existe estrutura no mundo capaz de lidar e reciclar tanto plástico e o resultado disso é triste. “Isso impacta todo o ecossistema dos oceanos. Se você vem de um país em que a principal fonte de proteína vem dos oceanos, então o peixe no seu prato deve ter ingerido plástico, engasgado com isso ou até mesmo morrido com o organismo repleto de resíduos.”
Para tentar minimizar esse problema e impedir que a situação continue a se agravar nos próximos anos, Diana cobra medidas governamentais, com o intuito de impedir o descarte de plástico e que obriguem os produtores destes materiais a se responsabilizarem pela coleta total dos resíduos.
Redação CicloVivo