PLantar a própria comida é uma vontade de muitas pessoa. Seja pelo benefício de saber a origem dos alimentos e garantir que não são usados agrotóxicos, seja pelo prazer de mexer na terra e acompanhar o cultivo. Quem não tem espaço para fazer isso em casa, pode ser voluntário no Centro de Aprendizagem em Compostagem e Agricultura Urbana fica dentro do Jardim Botânico de Santos. É um espaço de 300 metros quadrados onde é possível aprender técnicas de compostagem e plantio e, ao final, levar para a casa parte da produção.
Com o programa “Quem planta, colhe”, os canteiros do Jardim Botânico da cidade se transformam em salas de aula onde a população aprende tudo sobre como cuidar, regar, podar colher. Metade do que foi produzido vai para os voluntários do projeto e a outra metade é doada para cooperativas de catadores de material reciclável.
“É uma terapia mesmo. Mexer na terra é muito gratificante, uma troca de energia. Aqui a gente sai da rotina e faz uma coisa diferente pelo menos uma vez por semana”, conta a fisioterapeuta Maria Cecília do Amaral Marques, que participa do programa e é voluntária no parque há 4 anos.
Oficinas de jardinagem e compostagem
Além de plantar, é possível aprender a compostar no Jardim Botânico. Em visitas monitoradas e oficinas, as pessoas que vistam o Centro de aprendizagem em Compostagem e Agricultura Urbana aprendem a transformar resíduos orgânicos, como restos de alimentos e de podas, em adubo por meio da compostagem.
“Aqui eles aprendem os métodos mais propícios para diferentes lugares como apartamentos, condomínios ou sítios, por exemplo. Além disso, ensinamos a fazer a própria composteira doméstica”, diz Victor Nagib Moreira, chefe de seção ambiental do Jardim Botânico.
A compostagem é o ponto de partida para mais aprendizado, pois o adubo orgânico produzido é usado para o plantio de hortaliças e plantas ornamentais com diferentes técnicas, de acordo com o espaço disponível, o que inclui até o cultivo em jardins verticais. Ao final da visita, os participantes levam para casa o biofertilizante para ser usado em seus jardins e canteiros.
“Nunca tinha ouvido falar em compostagem. Em casa, separamos o lixo reciclável, mas restos de alimentos não. Achei super interessante”, disse Camila Bernardo, moradora do bairro Bom Retiro.
Composta Santos
Estas iniciativas fazem parte do Composta Santos, um Programa de incentivo à reciclagem de resíduos sólidos orgânicos da Prefeitura Municipal de Santos.
Além das ações de educação ambiental, o programa oferece composteiras para instituições como escolas, ONGs e clubes. Para solicitar uma composteira é preciso entrar em contato com a Secretaria de Meio Ambiente pelo e-mail andrenascimento@santos.sp.gov.br.
Já foram entregues 48 equipamentos à diferentes instituições e novas doações dependem da proposta de trabalho da instituição, que deverá enviar relatório mensal, demonstrando que está difundindo os conceitos da compostagem.
Como participar?
‘Quem Planta, Colhe’
Todas às terças, das 14h às 17h.
Para se inscrever, basta comparecer ao Jardim Botânico (Rua João Fraccaroli s/n°, Bom Retiro), das 8h às 19h, e ir à Seção de Educação Ambiental, onde será aberto um processo e o voluntário precisará assinar termo de compromisso. Menores de 18 anos precisam estar acompanhados por um responsável.
Agricultura urbana e compostagem
Para saber mais sobre as técnicas de agricultura urbana, basta ir até o Centro de aprendizagem em Compostagem e Agricultura Urbana, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Oficinas específicas são divulgadas ao longo do ano.
Visitas escolares
Com a volta às aulas, a expectativa é de que muitos professores e alunos voltem a frequentar o local. Para agendar visitas, as escolas podem obter mais informações pelo telefone (13) 3203-2905 ou pelo e-mail victormoreira@santos.sp.gov.br.
Com informações da Prefeitura de Santos