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Pessoas em situação de rua se formam em agricultura urbana agroecológica

Mais de 300 pessoas já passaram pelo projeto de capacitação Horta Social Urbana.

Published 03/12/2020
horta social urbana

Após quinze semanas de aulas práticas e teóricas, dez pessoas em situação de rua se formaram, na última quarta-feira (2), no programa Horta Social Urbana. Realizado pela organização ARCAH, o curso promove capacitação socioprofissional em Agricultura Urbana Agroecológica e conta com oficinas de saúde e estudos para conviventes encaminhados de Centros de Acolhida de São Paulo e outros equipamentos públicos.

O plano do curso visa principalmente o aprendizado da prática de plantio agroecológico. E as oficinas, têm função de desenvolver as habilidades socioemocionais dos educandos; trabalhar questões relacionadas ao mercado de trabalho e conquista de emprego; e os estimulam para a retomada dos estudos na rede pública de ensino.

Por conta da pandemia, o número de participante de cada turma foi reduzido e os espaços das aulas teóricas foram readaptados. A celebração da formatura também será menor, sem a presença de convidados ou familiares para evitar aglomerações.

Outra novidade desta etapa foi que uma das turmas foi formada majoritariamente por mulheres, com idades entre 25 a 60 anos, todas residentes do CAE Mulheres Santo Amaro (Centro de Acolhida Especial).

Fotos do projeto em 2018: Heloisa Ballarini | Secom

O projeto

Mais de 300 pessoas em situação de rua já passaram pelo Horta Social Urbana e cerca de 30% deles conseguiram emprego, uma nova moradia ou retornaram para suas famílias. Alguns dos alunos formados, por exemplo, foram trabalhar na horta comercial que abastece um supermercado da rede Pão de Açúcar, na zona sul de São Paulo.

Após o término do período de aulas, a ARCAH apoia os educandos para que consigam reingressar no mercado de trabalho ou gerar renda a partir de hortas urbanas.

As hortas são criadas em espaços ociosos da cidade, sendo que parte da produção é enviada para centros temporários de acolhimento em São Paulo e outra parte serve para a alimentação dos alunos durante o curso.

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