Ícone do site

ONG alemã vai retirar plástico da Baía de Guanabara

Projeto da One Earth One Ocean promete retirar toneladas de lixo do mar em colaboração com pescadores artesanais

Published 23/09/2020
ong alemã baia de guanabara

Baía de Guanabara. Foto: Pixabay

A poluição da Baía de Guanabara e seu impacto sobre o oceano e sobre quem tem no mar sua fonte não são novidades. A boa notícia é que a nova solução para este velho problema pode estar chegando da Alemanha.

O Brasil será o primeiro país da América Latina a receber o See Elefant. O barco Elefante do Mar, em tradução para o português, abriga uma usina de processamento de plástico em sua estrutura. A embarcação está sendo construída na Alemanha e a expectativa é de que comece a navegar pelos oceanos em 2021.

O “elefante” estará equipado com tecnologias capazes de fazer a coleta, a separação e a conversão do plástico em combustível, material para reciclagem ou em geração de energia. O barco, no entanto, não navegará sozinho.

Em breve, a ONG alemã One Earth One Ocean, dará início à construção do See Kuh, ou Vaca do Mar.  A construção da embarcação já vai começar em águas brasileiras. A Vaca do Mar permite a coleta de lixo marinho em até um metro de profundidade com o uso de correias ajustáveis, o que minimiza o risco de capturar animais, em comparação com as redes. 

Todo o material é transferido para uma esteira e levado para grandes bolsas de armazenamento, que ficam depositadas na embarcação até serem carregadas para a terra, onde serão encaminhadas para reciclagem. O navio é modular,  completamente desmontável e podendo ser acondicionado em quatro contêineres, ou seja, podendo navegar  em diferentes locais para uso  regional sem restrições.

Os brasileiros também conhecerão o See Hamster, o Hamster do Mar. Este barco é usado desde 2011 para limpar rios e lagos na Alemanha, e na Ásia. Essa embarcação, que também será fabricada no Rio de Janeiro, conta com uma rampa perfurada. Devido à velocidade de coleta relativamente alta e contrapressão da água, os resíduos sólidos são empurrados para cima pela rampa e podem ser armazenados manualmente em grandes bolsas.

Parceria com pescadores artesanais

Foto: Lucas Campoi | Unsplash

No Rio, a ONG alemã vai trabalhar com pescadores artesanais locais, que irão auxiliar na coleta do material a ser processado, recebendo incentivo financeiro para a realização da importante tarefa. Atualmente, a ONG está desenvolvendo um projeto piloto de coleta de resíduos flutuantes e costeiros com a colônia Z10, na Ilha do Governador, a fim de analisar a composição típica dos resíduos e tendências de aglomeração, entre outras informações. 

Foto: Cláudio Luiz Castro | Unsplash

Participando do projeto piloto, que já está em andamento, os pescadores estão, por enquanto, usando seus próprios barcos para a coleta de resíduos na Baía da Guanabara. Na primeira ação foram coletados mais de 500 kg de lixo em apenas um dia.       

Em paralelo ao trabalho de despoluição das águas, a equipe da OEOO pretende desenvolver ações de educação ambiental, além de buscar parcerias com outras ONGs, institutos de pesquisa da região e desenvolver ações de educação ambiental.

Sair da versão mobile