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Empresa vende embalagem de cogumelos que vira adubo e alimento depois de usada

Solução emite dez vezes menos gás carbônico do que embalagens convencionais e ainda pode dar origem a um novo método de esterilização sustentável

Published 23/05/2013

Uma embalagem natural e biodegradável, produzida com cogumelos e resíduos agrícolas, foi desenvolvida por estudantes do Instituto Politécnico Rensselaer, em parceria com a empresa Ecovative Design, em Nova Iorque. O material ganhou o nome de Mycobond, e pode ser usado posteriormente como adubo orgânico e até servir de alimento para os humanos. Além disso, durante a produção da embalagem, as emissões de gás carbônico são dez vezes menores do que na fabricação das embalagens convencionais.

Vendidas sob encomenda no site da empresa, as embalagens Mycobond são elaboradas com os fungos mycelium, que ficam isolados por uma semana, em local escuro com temperatura ambiente. Nestas condições, os cogumelos crescem dentro de uma estrutura de plástico, que determina o formato da embalagem. Quando fica pronta, a peça é aquecida, interrompendo o processo de crescimento dos cogumelos. No total, o processo de fabricação utiliza uma quantidade de energia oito vezes inferior à necessária para produzir embalagens convencionais – e o objetivo é diminuir ainda mais este consumo de eletricidade.

Antes de ser preparada, a embalagem passa por um processo de esterilização especial, desenvolvido em parceria com a National Sciene Foundation, importante órgão norte-americano de desenvolvimento e tecnologia. O método usa vapores especiais para retirar as impurezas encontradas nos fungos.

Agora, a equipe que desenvolveu o Mycobond realiza esforços para fazer com que a esterilização seja cada vez mais sustentável – a meta é utilizar óleos naturais extraídos da canela e do orégano para eliminar os resíduos encontrados na matéria-prima. Se a prática de esterilização sustentável der certo, o uso de energia na fabricação das embalagens será 40% inferior ao padrão de produção das embalagens convencionais.

Redação CicloVivo

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