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App ensina crianças a identificarem árvores por meio de contos

Aplicativo Natu Contos pretende reconectar a sociedade com a natureza das cidades.

Ipê-amarelo, Jequitibá e Embaúba. | Imagem: Natu Contos

Aprender a identificar espécies nativas da Mata Atlântica, como embaúba, ipê-amarelo, jequitibá, pau-brasil e pau-ferro, usando o celular. Esta é a proposta do aplicativo Natu Contos, criado em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, ele traz cinco contos sobre tais árvores narrados por grandes cantores brasileiros.

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Com o Natu Contos, o público pode realizar uma “caça ao tesouro” por árvores. Depois de baixar o aplicativo e escolher o local de sua expedição, ele seguirá um mapa na tela do celular, integrado ao GPS, até a árvore identificada. Essa caminhada já é uma ótima oportunidade para prestar atenção à natureza local, relaxar e desfrutar dos benefícios que ela oferece.

Quando uma árvore é encontrada, um universo lúdico se abre: um vídeo animado a apresenta e, depois, um conto fica disponível para o adulto ler/ouvir com a criança embaixo da sua copa. Uma vez coletadas, as histórias e as fichas técnicas de cada árvore vão para uma biblioteca e podem ser relidas e ouvidas quantas vezes quiser, em qualquer lugar. A plataforma Natu Contos traz árvores mapeadas em parques e praças das cidades de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Uberaba (MG). No futuro, seus desenvolvedores esperam expandir o projeto para mais cidades do Brasil. Veja como funciona:

Financiamento coletivo

Disponível gratuitamente na plataforma IOS , o aplicativo agora precisa da ajuda do público para seu desenvolvimento na versão Android. Para isso, foi aberto um financiamento coletivo no Catarse. A meta é alcançar R$ 16.522,00. Com doações a partir de R$ 15 quem participar do financiamento terá recompensas, como o plantio de mudas pela SOS Mata Atlântica, livro infantil, poster com ilustração do artista Arthur Daraujo, entre outras.

“Nosso maior objetivo é democratizar o aplicativo, tornando o material educacional acessível para mais adultos, crianças e escolas. Quando o criamos, pensamos em disponibilizar um conteúdo lúdico e original sobre o universo da natureza para reconectar as pessoas com o meio ambiente, principalmente as crianças, que estão cada vez mais distantes do verde nas grandes cidades”, afirma Fernanda Sarkis Coelho, idealizadora do aplicativo.

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“Há alguns anos, as pessoas adoravam sentar em uma árvore para ler um livro. Esperamos que muitas pessoas ainda façam isso, mas por quê não aproveitar esta tecnologia tão presente na vida de todos para ouvir algumas histórias sobre aquela espécie que acabou de descobrir? Ao apoiar este aplicativo, queremos propor para as pessoas observarem, sentirem e se relacionarem mais com a natureza de suas cidades. Vivemos tempos em que parece que a natureza não existe mais ou que as árvores não fazem mais sentido, principalmente em ambientes urbanos. Queremos mostrar justamente o contrário”, afirma Cesar Pegoraro, biólogo e educador ambiental da Fundação SOS Mata Atlântica.

Algumas histórias

Nos contos do aplicativo é possível lembrar como as pessoas já tiveram uma relação diferente com as árvores, qual a relação dos animais com elas e saber mais das transformações que cada espécie passa em cada estação do ano.

Em “Amélia e seu Ipê-amarelo”, de autoria de Índigo com narração de Tiê, por exemplo, Amélia que tinha tudo amarelo, até seu cabelo, adorava um eucalipto, mas não ligava para um ipê-amarelo que tinha em seu sítio. Quando ele floresceu na primavera, isso mudou. Já em “Árvore de Estimação”, de Tiago de Melo Andrade e narração de Lenine, uma menina fica triste por ter perdido o gramado e a sombra fresca de sua árvore de estimação queimada em um incêndio, onde ela tinha seu balanço. Em “À procura do Pau-Brasil”, de Andrea Pelagagi com narração de Fernanda Takai, um irmão e uma irmã tentam de todas as formas descobrir se a árvore que eles acharam era mesmo a espécie que deu nome ao nosso país.

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No conto “O pica-pau e o Pau-ferro”, de João Anzanello Carrascoza e narração de Mart’nália, um pica-pau se aventura até a cidade e acha uma árvore diferente das do bosque que morava, pois ela era muito dura. E em “Simãozinho e o pé de Embaúba”, de Claudio Fragata e narração de Ney Matogrosso, o macaco Simãozinho tem medo de altura, mas sonha em subir na árvore para comer seus lindos frutos.

A Mata Atlântica é casa da maioria dos brasileiros, abriga cerca de 72% da população. Além disso, o bioma está presente na maioria dos estados brasileiros (17) e em 3.429 cidades. Ou seja, essa é a floresta que dá oportunidade para boa parte da população ter algum contato com a natureza, além de contribuir para a purificação do ar, a regulação o clima, a proteção do solo, de rios e nascentes, favorecendo o abastecimento de água nas cidades. Por tudo isso, sua conservação é fundamental, pois restam hoje apenas 12,4% da floresta que existia originalmente em bom estado de conservação.

Clique aqui para contribuir para o financiamento coletivo

Mais informações sobre o aplicativo também no Instagram Facebook .