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Aluno da Unicamp cria microinversor para sistema solar conectado à rede elétrica

Com uma pesquisa para desenvolver um microconversor mais eficiente da energia captada por painéis fotovoltaicos para a rede elétrica de baixa tensão, Jonas Rafael Gazoli, atualmente doutorando da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foi um do

Published 13/05/2013

Com uma pesquisa para desenvolver um microconversor mais eficiente da energia captada por painéis fotovoltaicos para a rede elétrica de baixa tensão, Jonas Rafael Gazoli, atualmente doutorando da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foi um dos vencedores do prêmio Vale-Capes de Ciência e Sustentabilidade.

Criado a partir de uma parceria entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a empresa Vale, selada durante a conferência Rio+20, o prêmio apontou as melhores teses de doutorado e dissertações de mestrado defendidas em 2011 em quatro modalidades: processos eficientes para redução do consumo de água e de energia; aproveitamento, reaproveitamento e reciclagem de resíduos e/ou rejeitos; redução de gases do efeito estufa; e tecnologias socioambientais, com ênfase no combate à pobreza.

Ao todo, foram premiadas quatro teses e quatro dissertações. Além disso, três doutorados e três mestrados ganharam menção honrosa. A dissertação de Gazoli, “Microinversor monofásico para sistema solar fotovoltaico conectado à rede elétrica”, que contou com Bolsa FAPESP, ganhou na primeira modalidade.

Segundo Ernesto Ruppert Filho, professor da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (Feec) da Unicamp e orientador de Gazoli no mestrado, o prêmio é resultado de um trabalho intenso de mais de dez anos nos laboratórios de Eletrônica de Potência e de Dinâmica de Máquinas Elétricas, ambos da Feec.

“Nossa preocupação é contribuir não só com a redução do consumo de energia elétrica, mas também com o desenvolvimento de conversores eletrônicos de potência para uso em geração eólica e em geração fotovoltaica de energia elétrica”, disse Ruppert.

Em seu estudo, Gazoli construiu e apresentou os resultados experimentais de um microconversor eletrônico de potência de dois estágios que faz a conexão do painel fotovoltaico com uma rede elétrica de baixa tensão. A ideia era dispensar o uso do capacitor eletrolítico na transformação da energia solar em elétrica com o uso de painéis fotovoltaicos, apontados como caros e fontes de defeitos no sistema.

“Nesse trabalho, foi desenvolvida uma modalidade de controle do conversor e realizado um estudo sobre o algoritmo de rastreamento do ponto de máxima potência, que é um sistema eletrônico que varia o ponto de operação do painel fotovoltaico para ele liberar a quantidade máxima de energia elétrica a cada instante”, disse Ruppert.

Atualmente, Gazoli é responsável por um projeto no âmbito do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), com a empresa Eudora Energia Ltda., em Campinas, para comprovar a viabilidade técnico-científica de um microinversor monofásico para sistema fotovoltaico – um sistema que vem ganhando mercado no mundo e no Brasil, segundo o pesquisador.

A cerimônia de premiação está marcada para 14 de maio em Belém, no Pará, no Instituto Tecnológico Vale. Todos os vencedores do prêmio na categoria dissertação de mestrado receberão R$ 10 mil e uma bolsa de até quatro anos para o doutorado em uma instituição nacional. Os orientadores receberão R$ três mil e auxílio equivalente a uma participação em congresso nacional e internacional. Na categoria doutorado, os prêmios para os autores da tese são de R$ 15 mil e para o orientador, US$ 3 mil.

Os nomes dos demais premiados podem ser conferidos aqui

Agência Fapesp 

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