No mundo inteiro, as garrafinhas de água representam um problema ecológico. Assim, como outros plásticos descartáveis, elas são usadas por poucos minutos para em seguida serem descartadas. Agora, ao contrário dos canudinhos, elas não podem ser facilmente proibidas por lei, apesar de haver opções reutilizáveis. Mas uma terceira opção surge no mercado estadunidense: a Cove, uma garrafa feita inteiramente de material biodegradável. E melhor ainda, de água de nascente local.
O cilindro e a tampa são feitos de um biopolímero natural, o bioplástico PHA, que é um material flexível e atóxico. Já o rótulo é fabricado com papel, tintas e adesivos, também não tóxicos. A composição também é livre do químico industrial BPA (também conhecido como Bisfenol A), bastante questionado sobre o perigo à saúde humana.
O PHA é produzido por bactérias que se alimentam de açúcares, óleos vegetais, amidos ou gases de efeito estufa. Por isso, a Cove é compostável, produz zero resíduos tóxicos e se decompõe em CO₂, água e resíduos orgânicos. Isso significa que ela pode se degradar no aterro sanitário, no solo, em água doce e até no oceano.
A fabricante não crava um tempo exato para decomposição, sob alegação de que “o tempo necessário depende de muitas variáveis e qualquer um que afirme um prazo universal está encobrindo os detalhes”. Ainda assim, garante que está fazendo testes para fornecer prazos baseados em diversos cenários e que, até agora, a possibilidade mais “pessimista” é de cinco anos para se biodegradar no solo -, apesar de acreditar que o processo terminará muito antes disso.
Fabricada em Los Angeles, água engarrafada ecológica começará a ser enviada para toda a Califórnia a partir de maio deste ano.