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São Paulo ganha mural ecológico que filtra o ar

Projeto Converse City Forests acontece em várias cidades do mundo e espalha murais feitos com tinta fotocatalítica que ajuda a limpar o ar

Published 07/10/2020
Converse City Forests

Foto: Divulgação | Converse City Forests

Diversas cidades do mundo estão recebendo as cores e os benefícios de murais pintados com tinta fotocatalítica, reconhecida por ajudar a limpar o ar. Os murais são parte do projeto Converse City Forests, Converse, criadora do famoso modelo de tênis All Star.

O objetivo é pintar mais de 14 mil metros quadrados murais ao redor do mundo até o final deste ano. Juntos, os murais equivalem ao plantio de aproximadamente 40 mil árvores.

Foto: Converse City Forests

A tecnologia da tinta fotocatalítica usa a energia da luz para decompor os poluentes atmosféricos nocivos e convertê-los em substâncias inofensivas. Qualquer superfície revestida com esta tinta torna-se uma superfície purificadora de ar ativa, que ajuda a proteger as pessoas de gases nocivos. A tinta faz o papel de árvores em lugares que não podem crescer.

São Paulo

A capital paulista está entre as cidades que fazem parte do projeto. Em São Paulo, o mural terá a assinatura Rimon Guimarães e o local escolhido fica próximo ao Minhocão, na região central, com grande fluxo de pessoas e carros, para que a tecnologia da tinta possa ter o efeito desejado.

Obra “Pindorama” feita no mural em São Paulo pelo artista Rimon Guimarães.
Foto: Converse City Forests

O mural do Brasil faz parte da próxima fase de execução, que celebra a herança latina, as raízes dos povo locais, a ancestralidade e o orgulho, em cidades como Santiago, Lima e Cidade do México. O projeto no Brasil equivalerá à 750 árvores.

A obra

A obra tem o nome de “Pindorama” e é baseada em referências e pesquisas dos povos originários brasileiros e um imaginário indígena como indivíduo. “A sinergia que esses povos têm com a natureza é inegável. O pássaro, a onça pintada, são animais simbólicos para esses povos, por exemplo Kianumaka-Maná deusa onça do povo Menihaku.” diz o artista.

Foto: Converse City Forests

“A paisagem remete aos tempos de quando São Paulo não era uma selva de pedra e se podia ver o horizonte com serras ao fundo, também os rios em abundância simbolizado pelos tons de azuis, com referências aos 4 elementos: terra, fogo como sol, água representada por azul e ar como pássaro.” Rimon complementa.

Na obra, além da onça, há uma planta e o sol representando a fauna e flora brasileira. Há também o processo da tecnologia da tinta, que é parecida com a fotossíntese, e uma personagem assexuada que está usando uma vestimenta ritualística feminina Jurupixuna, que foi registrada no século XVIII por Alexandre R.F. em suas expedições. Já a face com a máscara foi um apanhado do estilo de Rimon inspirado por pinturas faciais Kayapó e Xikrin.

O artista

Nascido em Curitiba, Rimon é artista autodidata e multidisciplinar. Sua experiência em construir murais é longa, são 27 países que fazem parte da trajetória.

Por onde passa, Rimon participa de projetos sociais que buscam integrar a sociedade.

Seu maior mural possui 370 metros quadrados e foi pintado em Amsterdam. Também construiu um de 260 metros quadrados em Damasco, na Síria, com ajuda de crianças refugiadas. Para o trabalho em São Paulo, o artista terá a ajuda e auxílio de um jovem da comunidade criativa da marca, chamada de All Stars.

Murais pelo mundo

Os murais finalizados foram feitos em Bangkok, na Tailândia, e Warsaw, na Polônia, em parceria com dois artistas locais de cada país. Em Bangkok o tema que inspirou a ilustração foi a união, já que eram dois artistas com estilos diferentes, e a proposta foi misturar e comunicar a união do povo tailandês.

Já em Warsaw, um futuro repleto de natureza com a mistura do urbano ao fundo. Ao total, os dois murais “plantaram” 930 árvores em lugares onde árvores não podem ser plantadas.

Mural em Warsaw. Foto: Good Looking Studio

Para mais informações sobre os murais: http://conversecityforests.com/

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