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PANCs serão usadas na merenda escolar em Jundiaí (SP)

As Plantas Alimentícias Não Convencionais são ricas em vitaminas e nutrientes.

Published 18/03/2019

Crédito: Fotógrafos PMJ

As Plantas Alimentícias Não Convencionais, as conhecidas PANCs, ricas em vitaminas e nutrientes, serão incluídas na alimentação das crianças das escolas municipais de Jundiaí, no interior de São Paulo, a partir da abril. O projeto é desenvolvido pelo Departamento de Alimentação e Nutrição da Unidade de Gestão de Educação (UGE).

No início do mês, na Emeb Oscar Augusto Guelli, foi realizada a primeira capacitação de equipes para o uso, plantio e ensino às crianças sobre as ervas, encontradas facilmente em canteiros e jardins. O projeto, denominado ‘Inova na Horta’  – que faz parte do Programa Escola Inovadora -, tem por objetivo agregar valor nutricional à alimentação das crianças além de difundir conhecimento às famílias.

Durante todo o mês serão realizadas as capacitações, a partir de escolas-polo espalhadas pelo território. Nesta primeira etapa serão capacitadas equipes de 26 escolas sobre as PANC. “O encontro reúne representantes da gestão da unidade escolar, da cozinha e professores para a capacitação. A vivência apresenta as plantas, seus nutrientes, a forma como devem ser cultivadas, colhidas e preparadas para o consumo”, afirma a coordenadora do Departamento de Alimentação e Nutrição da UGE, Fabiana Fogaça Bianchi. Segundo ela, “muitas são antigas conhecidas da população, que acabaram esquecidas pelas gerações”.

Inovação

Jundiaí será a primeira cidade no mundo a acrescentar PANC à alimentação, de acordo com o Instituto Kairos, responsável pela implementação do projeto Inova na Horta. O trabalho que inspirou a atuação na cidade foi desenvolvido em uma escola de São Paulo. De acordo com Guilherme Reis Ranieri, do Instituto Kairós, o projeto está em fase de seleção das espécies para uso. “Entre as 20 já plantadas, será feita a seleção daquelas que mais se adequam à realidade das escolas e ao paladar das crianças. Desta forma será estabelecido o valor nutricional agregado à alimentação. Há plantas que, com apenas uma colher, é possível enriquecer em 10 vezes o valor nutricional de um prato”, detalha.

Crédito: Fotógrafos PMJ

Para a cozinheira Carolina da Silva Paulino, servidora municipal há 9 anos, a inclusão de ervas como peixinho, beldroega, folha de batata doce, cambuquira, jambu, azedinha e trapoeraba, será um resgate da história e enriquecerá alimentação das crianças. “Trabalho em escola no Ivoturucaia, região com muitas chácaras. Muitas já são conhecidas pelas crianças e suas famílias, mas não sabem dos valores nutricionais que apresentam. Atualmente já contamos com uma horta com ervas como alecrim, manjericão e salsa, que usamos para o tempero do frango, por exemplo. Agora teremos mais novidades”, comemora.

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